Rafael Reis

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Ancelotti perde dinheiro, mas terá maior salário entre técnicos de seleção

Para tentar conquistar o hexacampeonato mundial em 2026 e assim encerrar um jejum de 24 anos sem vencer uma Copa, o Brasil terá o treinador mais bem remunerado do futebol de seleções.

Anunciado na última segunda-feira como escolhido da CBF para suceder Dorival Júnior, o italiano receberá algo em torno de US$ 10 milhões anuais (aproximadamente R$ 4,7 milhões por mês), de acordo com o colunista do UOL Esporte Rodrigo Mattos.

O valor fica um pouco abaixo dos 10 milhões de euros por temporada (R$ 5,3 milhões a cada 30 dias) que o veterano de 65 anos vinha faturando no Real Madrid. Porém, é bem mais do que o suficiente para colocá-lo no topo do ranking dos técnicos que podem ir ao Mundial-2026.

O quádruplo de Scaloni

Dentre todos os treinadores que atualmente dirigem seleções, quem mais se aproxima dos novos vencimentos de Ancelotti é o alemão Thomas Tuchel, ex-Chelsea, Paris Saint-Germain e Bayern de Munique. À frente da Inglaterra, ele fatura anualmente 6 milhões de libras (R$ 3,8 milhões por mês).

Os profissionais que aparecem na sequência da lista também trabalharam na prateleira mais alta do futebol de clubes.

O argentino Mauricio Pochettino (ex-PSG e Chelsea), dos Estados Unidos, lucra US$ 6,1 milhões a cada temporada (R$ 2,9 milhões mensais) e Julian Nagelsmann (ex-Bayern), da Alemanha, 4,8 milhões de euros por ano (R$ 2,5 milhões por mês).

Já Lionel Scaloni, que ganhou a Copa-2022 e continua no comando da Argentina, ganha bem menos: cerca de US$ 2,6 milhões anuais (R$ 1,2 milhão a cada 30 dias), aproximadamente um quarto do que a CBF irá pagar a Ancelotti.

Por que tanta diferença?

Apesar de estar no topo da remuneração dos treinadores de seleções, o novo comandante do Brasil tem um salário consideravelmente distante do faturamento dos principais técnicos em atividade no futebol de clubes.

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O argentino Diego Simeone ganha 34 milhões de euros por temporada (R$ 17,9 milhões mensais) no Atlético de Madri. E Pep Guardiola recebe quase 25 milhões de euros (R$ 13 milhões por mês) no Manchester City.

A diferença é um reflexo da grande valorização que os times europeus ganharam nas últimas décadas, em detrimento das seleções. Atualmente, o grosso do dinheiro movimentado pelo futebol está nas mãos dos clube, que assim têm condições de atrair os profissionais mais caros dos bancos de reservas e pagar salários mais altos.

Vaga na Copa já é em junho

Ancelotti pode chegar à seleção já cumprindo o primeiro objetivo para o qual foi contratado: manter o Brasil como o único país participante de todas as edições de Copa do Mundo já realizadas.

Quarto colocado das eliminatórias da Conmebol, o time canarinho pode sair da próxima Data Fifa com vaga selada para o Mundial que será organizado em parceria por Canadá, Estados Unidos e México.

Só que para a conquista da classificação antecipada, não basta ao Brasil vencer Equador (5 de junho, em Guaiaquil) e Paraguai (10 de junho, na Neo Química Arena, casa do Corinthians). Será preciso também contar com resultados que lhe sejam favoráveis em jogos de outras seleções.

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Por enquanto, a única seleção sul-americana já confirmada na Copa é a Argentina, atual campeã mundial e líder das eliminatórias. Irã, Japão, Nova Zelândia e os três países-sedes também estão classificados.

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