Se cuida, Musk: Amazon e chineses lançam satélites de olho no Brasil
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(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Facebook sem Instagram e WhatsApp; Musk, Bezos e chineses: satélites no Brasil; A onda do ?vibe coding?; Algoritmos para a vida)
O Brasil está no centro de uma corrida de empresas interessadas em ocupar o espaço com satélites para fornecer internet. A Starlink, empresa de conexão via satélite do bilionário Elon Musk, recebeu em abril deste ano liberação da Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) para usar operar mais 7,5 mil satélites e ampliar sua frota, que atualmente conta com 4.408 equipamentos em órbita.
Para a gente ter uma ideia de como isso muda o cenário de internet, até 2022 a humanidade inteira lançou 15 mil satélites. Só o Elon Musk e a SpaceX querem lançar até 2035 40 mil
Helton Simões Gomes
A companhia do bilionário não é a única. Chineses, franceses, canadenses e a Amazon, do também ricaço Jeff Bezos, também estão fazendo seus planos de conexão decolar. Quando todas essas operações estiverem funcionando, serão mais de 60 mil satélites.
O Projeto Kuiper, de Bezos, já tem autorização para colocar em órbita 3,2 mil satélites. Os primeiros foram lançados e metade deles precisa decolar até 2026 por exigência de reguladores norte-americanos.
Com um número ainda tímido, a chinesa SpaceSail tem 54 satélites sobrevoando os ares brasileiros. A empresa, contudo, planeja 15 mil até 2030.
Starlink, Kuiper e SpaceSail utilizam a constelação de satélites, que são posicionados em baixa órbita, entre 500 km e 1,5 mil km de distância. A abordagem criticada por pesquisadores e observadores espaciais, que veem no espaço um local amplo de pesquisa de corpos celestes
Outras, como a norte-americana Viasat, operam no Brasil por meio de satélites geoestacionários, que ficam a aproximadamente 35 mil km distante da Terra.
As vantagens da baixa órbita são maiores velocidades de conexão e menores taxas de latência.
Além da latência, a velocidade acaba sendo muito maior nos satélites de baixa órbita. Quem usou tecnologias de conexão via satélite sabe que a banda não é tão grande assim, ou seja, você vai ter que tomar muito cuidado para saber qual vídeo no YouTube que você vai escolher. Com a Starlink isso mudou
Helton Simões Gomes
Ainda que tenha conseguido aprovação agora, a Starlink tem um novo encontro marcado com a Anatel, já que a aprovação junto à agência precisará ser renovada em 2027.
Você pede, e a IA faz o resto: 'vibe coding' é o fim dos programadores?
O hype da inteligência artificial agora promete transformar o que era trabalho em uma experiência, uma onda, uma viagem. É o "vibe coding".
Agora você consegue criar aplicativos não só a partir da codificação em si, mas de uma conversa com a inteligência artificial
Diogo Cortiz
Essa tendência aproveita os poderes dos chatbots para transformar o dia a dia dos programadores. Já tem startup bilionária nascendo dessa nova onda, o que traz o velho medo de volta: o "vibe coding" é o fim dos programadores?
Truque contra incerteza: como levar algoritmos das redes sociais para a vida?
Já acontece a todo momento. Algoritmos são o motor que levam as redes sociais a decidir por você. O que ver, o que curtir, o que não curtir, o que esquecer.
Mas e se estes códigos saíssem da internet e invadissem o mundo para facilitar decisões cotidianas?
Já há técnicas estatísticas podem virar "algoritmos para a vida" e reduzir a incerteza e o arrependimento.
Como seriam as redes sociais sem união entre Facebook, Instagram e WhatsApp
Enfrentando um julgamento na Justiça dos Estados Unidos sob a acusação de ser um monopólio das redes sociais, a Meta pode, caso condenada, ser obrigada a se desfazer de dois dos seus principais apps: Instagram e WhatsApp.
Se acontecer, a venda dessas duas plataformas vai mudar o mundo da internet. Outra decisão, no entanto, teria causado impacto considerável e imprevisível: e se o Facebook não tivesse adquirido Instagram e WhatsApp?
A companhia de Mark Zuckerberg argumenta que nenhum desses serviços seriam os gigantes de hoje sem seus investimentos.
DEU TILT
Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.
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