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'50 caras em uma noite': deixei o doutorado, virei do job e sou o rei da DP

Eu sempre fui muito livre nas minhas relações e tive poucos relacionamentos monogâmicos. Mas, curiosamente, minha vida sexual não era assim tão ativa até meados de 2014.

Foi naquele ano que comecei a frequentar espaços de pegação gay que existiam na cidade em que eu morava em Mato Grosso do Sul. Minha vida sexual deu uma reviravolta e peguei geral: homem, mulher, alto, baixo, gordo, magro. Nem sei como começou meu fetiche por quantidade. Quando eu conheci os points de pegação, comia até cinco por noite.

Quando notei, minha vida pessoal e profissional já se misturavam. Deixei a carreira de professor e a vida acadêmica após um burnout. Meu projeto de doutorado estava indo por água abaixo, e a vida de pesquisador era mal remunerada e instável.

Foi então que pensei: 'Quer saber? Vou me livrar desse programa e entrar em outro'. Modéstia à parte, eu transava muito bem como versátil, então resolvi juntar o útil ao agradável e me tornei garoto de programa.

Comecei como stripper virtual pela câmera privê e anúncios em bate-papo e sites do nicho. Queria mais grana e me mudei para São Paulo. Já são quase dois anos aqui, trabalhando como garoto de programa (GP) e fazendo apresentações de sexo explícito. Nessas casas, o boy interativo, vulgo animador de suruba, é alguém contratado pelo lugar para, como diz o título, interagir com os clientes e acompanhá-los em uns drinques.

Eu sou flex: gosto de dar para quem quiser me comer e comer quem quiser me dar. No trabalho, meu negócio com quantidade bate mais forte. Fazer trenzinho em suruba (dando e comendo ao mesmo tempo) enquanto minha boca beija ou chupa um terceiro é uma das posições que mais gosto.

Já estou contabilizando quantos eu comi e quantos meteram em mim. Combino comigo mesmo uma meta para aquele dia. "Opa, só dei para 13 e comi só 17? Tá baixo esse número!" O número foi só um exemplo, porque eu já comi e dei para uns 50 caras em uma única noite.

Arthur Cardoso trabalha como GP
Arthur Cardoso trabalha como GP Imagem: Arquivo Pessoal

Fiz 10 DPs depois de ganhar um fisting

Um dos dias que tenho na minha memória da putaria foi quando gravei duas cenas bissexuais de um vídeo antes de ir trabalhar numa suruba. Nela, a mulher meteu no meu cu com um packer ao mesmo tempo que o parceiro de cena homem metia em mim. Depois ela me enfiou a mão. Nunca tinha dado para uma mão tão pequena como a dela.

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Chegou uma hora que a mão entrando esticava tanto o meu cu que me deu vontade de urrar. Foi muito gostoso. Gravei uma cena dela sendo dominatrix e pisando em mim com um sapato de salto. Acabei gozando na cena, algo que eu evito fazer antes de uma suruba previamente marcada.

Depois dessa aventura, fui para o compromisso marcado. Cheguei lá e tinha um cara alto e musculoso com 23 cm de pau dando para todo mundo. Sentei no pau dele e mandei todo mundo comer meu cu, enquanto o pau do passivo já estava dentro de mim. No total eu contei seis DPs só naquela suruba.

Depois dessas duplas penetrações, fiz mais dez combinações de trenzinhos, sempre no meio delas. Devo ter dado para mais de 20 caras naquele dia. Eu, que adoro contar, acabei perdendo a conta.

Sou adepto a coisas mais hard e adoro fisting —prática que consiste em inserir os cinco dedos, a mão, punho e início do braço no próprio ânus ou no ânus do parceiro. Na última FCK Party, uma festa fetichista apenas para homens, acabei fazendo fisting em uns 15 caras ao longo de três horas. Enquanto isso, outros me mamavam.

É normal quando se é garoto de programa ficar desconectado do seu próprio desejo. São quase 10 anos no job e sou muito consciente a respeito dos meus limites e reconheço o que me dá tesão. Sexo explicito no palco, com aquelas luzes e a plateia, me deixa nervoso, mas dá tesão.

Um dos dias mais intensos na Hot House, uma das casas em que me apresento com sexo ao vivo, foi quando eu não estava escalado para entrar no show da dupla que se apresentaria naquela noite —um ativo e um versátil. Acabou rolando um clima entre a gente e subi no palco. Sentei no versátil, enquanto ele era enrabado pelo ativo, e depois trocamos de posição.

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Recebi muitos elogios por esse show, especialmente pela minha ereção sendo passivo, coisa que nem sempre acontece.

Hoje, ganho mais como trabalhador do sexo do que já ganhei como pesquisador ou só como psicólogo. Tenho um perfil de conteúdo adulto em uma plataforma, faço conteúdo para assinantes fiéis, mas prefiro o ao vivo. Meu plano é seguir no job até quando continuar me dando tesão, me proporcionando experiências gostosas e grana, enquanto em paralelo sigo com o atendimento clínico psicológico.

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