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Opinião

Nova 'Vale Tudo' não decepciona

O que mais chamou a atenção no capítulo inicial do remake de "Vale Tudo" —novela criada em 1988 por Gilberto Braga, Leonor Bassères e Aguinaldo Silva, agora adaptada por Manuela Dias— foi a interpretação brilhante de Taís Araujo.

Com pouquíssima ou nenhuma maquiagem, a atriz dominou o capítulo, perfeita em todas as intenções, entregando uma atuação impecável como Raquel, papel que já foi de outra superatriz de TV, Regina Duarte. O fato de Taís ser uma mulher negra adiciona uma nova camada à história, tornando a personagem ainda mais conectada à realidade brasileira.

As adaptações que atualizam a trama para os dias de hoje são sutis e bem pensadas. Elas respeitam os fãs da novela original sem comprometer o sentido da narrativa, garantindo um ritmo natural e envolvente.

Muito se discutiu sobre a interpretação de Bella Campos, especialmente em comparação com a icônica Maria de Fátima de Glória Pires. No entanto, Bella segue um caminho diferente: sua personagem ganha em sensualidade, sem perder a essência manipuladora que a define. Já Cauã Reymond, como o modelo e michê César, equilibra bem as cenas ao lado da jovem atriz, trazendo uma performance segura e carismática.

Outro grande acerto foi Renato Góes no papel de Ivan. Assim como Antônio Fagundes na versão original, ele convence totalmente no personagem e já conquistou o público com sua presença e carisma.

A produção também merece elogios. A competente Luciana Monteiro, a direção segura de Paulo Silvestrini e o realismo do cenário e da direção de arte ajudam a construir uma novela visualmente envolvente e tecnicamente impecável.

Se o primeiro capítulo serviu de termômetro, o remake de "Vale Tudo" promete honrar o legado da versão original e, ao mesmo tempo, conquistar uma nova geração de espectadores.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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