Índice glicêmico: o que comer e o que evitar para o açúcar não subir

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O que comemos influencia diretamente os níveis de açúcar no corpo. Mas, em vez de focar apenas nas restrições, é importante entender como escolher melhor os alimentos, e o índice glicêmico, ou IG, é uma ferramenta poderosa nesse processo.
O IG mede a velocidade com que os carboidratos de um alimento aumentam a glicose no sangue. Alimentos com alto índice glicêmico provocam picos rápidos de açúcar, enquanto os de baixo IG liberam glicose de forma mais lenta e controlada, o que é ideal para quem precisa manter os níveis sob controle.
Com pequenas mudanças na dieta, já é possível observar melhora na glicemia, prevenir complicações e aumentar a qualidade de vida. A seguir, veja quais alimentos priorizar e quais convém reduzir para manter a glicose nos trilhos.
O que colocar no cardápio

- Fibras retardam a absorção do açúcar: como não são digeridas pelo corpo, retardam a digestão dos carboidratos, ajudando a evitar os picos de glicose. Inclua no prato: aveia, pão integral, legumes, verduras e sementes.
- Prefira frutas com baixo índice glicêmico: as que têm baixo IG liberam o açúcar natural (frutose) de forma gradual, sem causar picos. Boas opções: morango, abacate, coco, kiwi, maçã, pera, laranja com bagaço e banana (de preferência menos madura).
- Inclua oleaginosas para maior saciedade: nozes, castanhas, amêndoas e outras oleaginosas são ricas em fibras, proteínas e gorduras boas. Elas ajudam a reduzir a velocidade de absorção dos carboidratos e ainda promovem saciedade, o que evita beliscos fora de hora. Dica: consuma com moderação, pois são calóricas.
- Escolha as gorduras certas: as versões saudáveis, como as gorduras insaturadas, ajudam a manter o metabolismo equilibrado. Priorize: azeite extravirgem, abacate, sementes e peixes ricos em ômega 3, como salmão e sardinha.
- Dê preferência às leguminosas: feijões, lentilhas, grão-de-bico, ervilhas e soja são fontes de carboidratos complexos com baixo índice glicêmico. Além disso, oferecem proteínas vegetais e fibras, tornando-se excelentes substitutos para cereais refinados como arroz branco. Dica: combine com vegetais e azeite para uma refeição ainda mais equilibrada.
O que evitar para manter a glicemia sob controle

Alguns alimentos têm alto índice glicêmico e provocam picos rápidos de açúcar no sangue, dificultando o controle da hiperglicemia. Saber identificá-los é essencial para quem busca estabilidade nos níveis de glicose.
- Carboidratos simples: alimentos como doces, bolos, massas brancas, arroz branco e refrigerantes são rapidamente convertidos em glicose, elevando a glicemia. Prefira sempre versões integrais e alimentos com baixo IG.
- Frutas de alto IG e sucos: frutas como melancia, tâmara e ameixa têm absorção rápida e devem ser evitadas por quem precisa controlar o açúcar no sangue. Já frutas como mamão e abacaxi, de IG médio, exigem moderação. Atenção aos sucos, especialmente coados: a ausência de fibras acelera a absorção do açúcar natural (frutose).
- Álcool: pode desregular os níveis de glicose, tanto para cima quanto para baixo e seu efeito se intensifica se consumido em jejum ou junto de medicamentos para diabetes. A recomendação é evitar ou consumir com muita moderação.
- Gorduras saturadas: frituras, carnes gordas e produtos ultraprocessados podem elevar a glicemia indiretamente. Além de difíceis de digerir, contribuem para resistência à insulina e devem ser evitados no dia a dia.
Dicas extras:
Um simples exame de sangue em jejum pode identificar se há hiperglicemia: quando os níveis de glicose ultrapassam 99 mg/dL.
Para manter a glicemia sob controle, faça acompanhamento com profissionais, como médico e nutricionista, evitando restrições alimentares desnecessárias.
Exercícios físicos regulares são grandes aliados no controle glicêmico.
Também se recomenda fracionar a alimentação em até seis refeições por dia, equilibrando as fontes de carboidratos com fibras e proteínas.
Por fim, vale o hábito de ler os rótulos de produtos industrializados, prestando atenção não só ao teor de açúcares e carboidratos, mas à presença de fibras, que reduzem o impacto glicêmico do alimento.
*Com informações de reportagem publicada em 23/02/2023
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