Câncer levou a 47 mil cirurgias para remoção de testículo em 10 anos
Ler resumo da notícia

Câncer de testículo levou a mais de 47 mil cirurgias de remoção nos últimos 10 anos, com mais de 4.000 mortes registradas no mesmo período. A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) destaca a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura.
O que aconteceu
Mais de 47 mil cirurgias realizadas. Entre 2015 e 2024, foram registradas 47.928 orquiectomias (cirurgia que remove um ou ambos os testículos) no Brasil.
Mais de 4.000 mortes entre 2014 e 2023. A maioria das mortes (60%) ocorreu em homens entre 20 e 39 anos.
Campanha Abril Lilás da SBU. A Sociedade Brasileira de Urologia promove ações para conscientizar sobre o câncer de testículo.
Diagnóstico precoce é essencial. O autoexame é uma ferramenta importante para detectar alterações nos testículos. Ele pode ser realizado em pé, durante o banho morno ou em frente ao espelho, apalpando os testículos, comparando um lado e outro e observando se há alterações como nódulo, tamanho entre eles, além de dor no abdome, na virilha ou no escroto.
Sinais de alerta e fatores de risco
Caroço ou inchaço em um dos testículos. Outros sinais incluem alterações na textura dos testículos e desconforto abdominal, além de fraqueza, tosse e falta de ar.
Fatores de risco incluem histórico familiar e criptorquidia (condição congênita em que um ou ambos os testículos não descem para o saco escrotal). Homens que receberam radiação ou têm alterações genéticas também estão em risco.
Conhecer os fatores de risco é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de testículo, que, embora raro —representando cerca de 5% dos tumores urológicos—, é o tipo de câncer mais comum em homens jovens, com maior incidência entre 15 e 40 anos. A boa notícia é que, quando detectado precocemente, o câncer de testículo tem altas taxas de cura. Karin Jaeger Anzolch, diretora de comunicação da SBU
Tratamento e fertilidade
Diagnóstico precoce aumenta chances de cura. O tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.
Preservação da fertilidade é uma preocupação. Conversar com o médico sobre congelamento de sêmen antes do tratamento é recomendado.
Câncer de testículo pode afetar a fertilidade do homem. Isso acontece porque muitos pacientes já apresentam alguma dificuldade para ter filhos quando descobrem a doença. Além disso, o tratamento também pode prejudicar a capacidade de produzir espermatozoides. A retirada do testículo doente geralmente não afeta a fertilidade se o outro testículo estiver saudável. Porém, os tratamentos feitos depois da cirurgia podem diminuir a quantidade ou a qualidade dos espermatozoides. André Salazar, supervisor da disciplina de câncer de testículo da SBU
A importância do diagnóstico precoce
Taxas alarmantes afetam jovens em plena vida social e profissional. Esforços são necessários para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.
Aumento progressivo da incidência globalmente. Países em desenvolvimento registram as maiores taxas de mortalidade, reforçando a necessidade de ações estratégicas para reverter essa tendência.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.