Fabiana Justus recebe carta de doador de medula anônimo; por que há sigilo?

Ler resumo da notícia
Fabiana Justus disse que ficou emocionada ao receber uma carta da pessoa que doou medula para ela durante o tratamento de leucemia. Ela comentou que estava ansiosa por algum tipo de contato com o doador, mesmo sem ainda poder saber a identidade dele. As únicas informações que sabe são que ele mora nos EUA e tem 25 anos.
Por que precisa de sigilo?
Existe uma política de proteção e confidencialidade entre doador e receptor. O Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) é o órgão responsável pelo fluxo de doação de medula e por intermediar o contato entre as partes quando for possível e houver consentimento de ambas.
A regra preza pela privacidade dos envolvidos, mas não só entre eles. Conforme a diretriz, "a confidencialidade existe com o intuito de proteger a privacidade do par doador e receptor de contato e abordagem indesejada oriunda de qualquer parte (família, sociedade, mídia etc.), evitando pressões para a doação se efetivar e a comercialização da doação, bem como chantagem emocional e financeira".
A quebra de anonimato é permitida respeitando alguns prazos. Após seis meses contados da data do transplante, o doador pode pedir informações sobre o estado de saúde do receptor. Depois de 18 meses, também considerando a data da infusão da medula, as identidades podem ser revelados se assim os dois desejarem.
Entre seis e 18 meses após o transplante, o contato é anônimo. As pessoas podem trocar correspondências que não contenham dados que possam revelar suas identidades.
O Redome faz a intermediação das cartas e não permite a troca de presentes. "O processo de quebra de anonimato e revelação é voluntário e será avaliado e conduzido pelo Redome. Ele deve ser aprovado pelo doador e pelo receptor e, no caso do receptor, ainda será necessária uma avaliação da equipe médica responsável autorizando o encontro", diz a política de proteção.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.