Um ano após tributo a Senna, Bortoleto não quer usar pintura especial na F1
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Há mais ou menos um ano, lembro de estar no paddock da Fórmula 2 em Imola e ir cumprimentar Gabriel Bortoleto pela pole e me surpreender com o abraço apertado e emocionado do piloto brasileiro. No meio de um fim de semana de corrida às vezes você não se dá conta desses momentos, mas ele estava certo: em meio a inúmeras homenagens marcando os 30 anos do legado de Ayrton Senna, na pista em que ele sofreu o acidente fatal, um outro brasileiro fazia a pole. E mais: com um capacete que lembrava, e muito, o imortalizado por Ayrton.
Lembro também que, quando ele decidiu usar aquele capacete, a semelhança era tanta que teve quem achou que era responsabilidade demais. Bortoleto não venceu em Imola, a largada foi ruim, mas a torcida pediu e ele continuou com o capacete especial até o final, conquistando o título na última etapa.
Agora Bortoleto volta a Imola, mas sem pintura especial de capacete. O momento é outro, começando a carreira na F1 por uma equipe que está muito longe de poles ou grandes resultados. Ir ao Q2 seria bom, chegar no Q3 seria um feito.
"Eu decidi que não quero usar nenhum capacete com pintura especial no momento. Quero focar em fazer o melhor que eu puder nas próximas corridas. Estou gastando meu tempo pensando em outras coisas e não em pinturas especiais", disse Bortoleto.
GP marca o início da temporada europeia
A prova marca o início da temporada europeia, o que, para Bortoleto e os outros estreantes, significa também voltar a pistas às quais eles estão mais acostumados.
"A temporada europeia significa que estou de volta aonde eu corri por toda a minha carreira na base. Todas as corridas que fiz neste ano foram em pistas nas quais estive por uma vez ou em que nunca estive [com exceção do Bahrein, que ele Bortoleto tinha corrido duas vezes]. Imola é uma pista em que estive algumas vezes, então é bom estar neste ambiente e, para nós, que moramos em Mônaco ou na Itália, é só pegar um voo curto ou ir de carro e você já está na pista."
E especificamente o traçado italiano está entre seus favoritos.
"Eu gosto desse traçado, o estilo old school, sem muitas áreas de escape asfaltadas e velocidades muito altas e curvas nas quais você precisa se jogar bastante, então é uma pista técnica e eu gosto de estar aqui e imagino que com a Fórmula 1 será ainda mais louco por causa das altas velocidades que atingiremos e será divertido. Estou confiante porque gosto de pilotar aqui e acho que o carro pode dar bons resultados."
As atividades de pista começam com os treinos livres desta sexta-feira, com duas horas separadas em duas sessões, iniciando às 8h30 e ao meio-dia.
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