O que é insuficiência renal crônica, doença de Benedito Ruy Barbosa

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Benedito Ruy Barbosa, 94, autor de novelas como "Pantanal" e "Rei do Gado", está internado desde o dia 20 de maio, após o agravamento de um quadro de insuficiência renal crônica.
Ele está na UTI do Hospital do Coração, em São Paulo, mas vem apresentando melhoras clínicas, segundo nota da unidade de saúde.
O que é a insuficiência renal crônica?
Fase mais avançada da doença renal crônica. Os rins são responsáveis por filtrar as toxinas do organismo, transportar o oxigênio para todo o corpo, controlar a pressão arterial e equilibrar íons responsáveis pelo fortalecimento dos ossos e do coração. Em quem tem a doença, essas funções ficam comprometidas por pelo menos três meses seguidos, com seis estágios de gravidade, conforme o nível de perda renal.
Causa diversos problemas de saúde ao paciente. Entre as principais complicações que podem surgir a partir da doença estão anemia, acidose metabólica, desnutrição e alteração do metabolismo de cálcio e fósforo.
Redução da capacidade renal também aumenta risco de problemas cardíacos. Doenças cardiovasculares, AVC e infarto representam as principais causas de mortes no Brasil. Quando o indivíduo tem problemas renais, o percentual de complicações aumenta significativamente. No Brasil, 80% daqueles que fazem diálise têm diabetes, hipertensão ou os dois, que são os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Há múltiplas causas e fatores de risco. Hipertensão, diabetes, pressão alta e obesidade, por exemplo, são fatores de risco e exigem atenção e exames periódicos de quem convive com alguma dessas condições.
Evolução costuma ser silenciosa, com os sintomas aparecendo tardiamente. Cansaço, problemas de concentração, pouco apetite, cãibras musculares à noite, pés e tornozelos inchados, inchaço ao redor dos olhos (especialmente pela manhã), pele seca e com coceira, necessidade de urinar com mais frequência (especialmente à noite) podem ser sinais de problemas renais.
Problema pode aparecer em qualquer idade, mas envelhecimento também é fator de risco. Após os 35, é comum apresentar ao menos 1% de perda da função renal.
Exames preventivos são essenciais. Exames simples, como a taxa de ureia e creatinina no sangue — toxinas eliminadas somente pelos rins — e a coleta de urina tipo um, que detecta a excreção de glicose, proteínas e nitritos, são primordiais para indicar problemas renais.
Tratamento depende do estágio da doença. Ele pode incluir controlar os fatores de risco; hemodiálise (que bombeia o sangue através de uma máquina e um dialisador, para remover as toxinas do organismo); diálise peritoneal (um cateter é implantado no abdome e, por meio dele, a solução de diálise é infundida); e transplante renal.
Fontes: Brazilian Journal of Nephrology, National Kidney Foundation, SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) e Ministério da Saúde.
*Com informações de matérias publicadas em 10/03/2022 e 25/12/2024
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