Ex-Globo tirou 20% do pulmão por câncer; como funciona cirurgia?

Ex-apresentador da TV Globo, Jonas Almeida, 45, contou que retirou 20% do pulmão após receber diagnóstico de câncer. Doença só foi descoberta depois de uma pneumonia, sem sintomas anteriores.

É aquela coisa que a gente não quer que aconteça com ninguém, mas acontece. Eu estou com câncer no pulmão. Tiro um pedacinho do pulmão, 20%. Sai ele, junto com uns linfonodos que estão ali que parece que estão infectados. Depois, farei quimioterapia também. Jonas Almeida em vídeo no Instagram

Como funciona cirurgia?

Tratamento vai depender do tamanho, localização e extensão dos tumores. As terapias podem ser prescritas isoladamente ou em combinação: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e imunoterapia.

Cirurgia consiste na remoção das partes do pulmão afetadas e possíveis regiões ao redor. Pode ser curativa nas situações em que o câncer de pulmão foi descoberto em fase inicial.

Normalmente, a cirurgia é feita de forma minimamente invasiva, por vídeo ou robô. Dessa maneira, paciente tem uma recuperação pós-operatória mais rápida, de acordo com Jefferson Luiz Gross, oncologista e líder do Centro de Referência em Tumores de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo Cancer Center (SP).

Ele sente menos dor e consegue ter um retorno às atividades habituais mais precocemente. Em algumas situações, a cirurgia tem que ser aberta mesmo. Mas, sempre que possível, a recomendação é que se faça de forma minimamente invasiva. Jefferson Luiz Gross, oncologista do A.C.Camargo Cancer Center

Quais são os sintomas da doença?

Doença é silenciosa e sinais só aparecem quando doença já alcançou estágios mais avançados. É importante ressaltar que todos os sintomas podem ter outras causas, por isso é importante procurar o médico.

Principais manifestações do câncer de pulmão. São: tosse (nos fumantes, o ritmo habitual é alterado e aparecem crises em horários incomuns); presença de sangue no escarro; dores no tórax (pioram ao tossir ou ao respirar fundo); falta de ar; rouquidão; pneumonias ou bronquites de repetição; perda de apetite ou de peso inexplicável; fadiga ou cansaço.

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Fatores de risco

Tabagismo: de longe o principal fator, sendo responsável por 90% dos casos. Estima-se que mais de 28 mil ocorrências por ano poderiam ser evitadas se ninguém fumasse.

Fumo passivo: o risco é pelo menos três vezes maior que o de uma pessoa não exposta à fumaça do cigarro, segundo a Sociedade Americana do Câncer.

Poluição do ar: estima-se que, em todo o mundo, a poluição seja responsável por 5% dos casos.

Fatores genéticos: familiares de pessoas que tiveram câncer de pulmão têm risco levemente aumentado, embora seja difícil estabelecer o quanto dessa probabilidade se deve à genética ou à fumaça do cigarro.

Radioterapia: quem foi exposto à radiação na região do tórax pode ter risco mais alto de câncer de pulmão.

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Exposição a substâncias: agentes como asbesto (amianto), radônio (gás resultante da decomposição do urânio no solo e nas rochas) e arsênio (que pode estar presente na água), fuligem, cromo, níquel, sílica, produtos de carvão e escapamento de diesel, entre outros, também podem aumentar o risco.

* Com informações de reportagem publicada em 16/10/2018.

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