'Minha filha morreu 17 dias depois de nascer. Fiquei na escuridão'
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'Amar + Materna' é o programa apresentado por Mariana Kupfer que vai ao ar toda segunda-feira no YouTube de Universa e toda sexta às 20h no Canal UOL. No episódio desta semana, Tatiana Maffini fala da escuridão que enfrentou após a morte da primeira filha: Helena tinha apenas 17 dias de vida quando partiu.
A gestação havia sido super desejada, Tatiana estava casada há 15 anos e demorou um ano para conseguir engravidar de Helena. A gravidez foi tranquila, sem nenhuma intercorrência que pudesse indicar que a menina nasceria com algum problema de saúde.
No entanto, logo após o parto, Helena foi diagnosticada com sopro no coração, uma alteração no fluxo sanguíneo que provoca ruído durante a ausculta do órgão.

Depois de ser medicada e receber alta, não demorou para os pais identificarem que a saúde da bebê não ia bem. Quando a levaram de volta para o hospital, ainda tiveram de enfrentar outro problema: a falta de leitos na UTI (unidade de terapia intensiva) neonatal.
A demora fez com que o quadro da Helena se agravasse e ela não resistiu. "Faz 13 anos que falo da morte da minha filha exaustivamente e eu não consigo colocar em palavras o que foi", afirma Tatiana.
Depois dessa experiência, Tatiana começou uma mobilização por mais leitos de UTI neonatal e acabou criando a ONG Amada Helena, que também auxilia outros pais que perderam seus filhos.
Um ano depois da morte, ela engravidou novamente de Elano, que hoje tem 11 anos. Com a saúde mental abalada, Tatiana diz que não foi fácil lidar com a gestação.
"Ele foi a luz. Eu estava em completa escuridão, até ele vir eu não tinha motivos pra querer viver. Enfrentei muita dificuldade na gestação dele, achei que ia conseguir enfrentar tudo sozinha e não foi o que aconteceu", afirma.
Ela também é mãe de Hector, seu caçula, hoje com cinco anos. "Com ele eu já consegui me conectar muito melhor porque eu me cuidei. Hoje todo sorriso que dou na minha vida é com os meus filhos", afirma.
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