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Netflix usa IA para ressuscitar hábito antigo de locadoras

Colunistas de Tilt e Colaboração para Tilt

14/06/2025 05h30

(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, os assuntos são: Reconhecimento facial em aeroportos; IA aprende a assediar; Pitacos de IA na Netflix; Apple x Epic Games)

No passado, quem visitava locadoras de filmes pedia indicação aos atendentes. Agora, a Netflix quer ressuscitar esse hábito com ajuda da inteligência artificial. Com isso, a eterna dúvida sobre o que assistir dentre tantos filmes e séries pode em breve ser solucionada. Será?

A proposta da empresa é trazer uma busca baseada não apenas nos títulos, mas por meio de uma conversa. Em novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz explica que a prática segue uma nova tendência de experiência do usuário e muda a maneira de consumo em relação às grandes plataformas.

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Nem todo mundo é tão otimista assim.

Eu quero só ver os resultados. As pessoas são imprevisíveis, e o melhor teste para uma tecnologia é colocá-la na mão de quem vai usar para ver onde vai dar. Eu imagino que as pessoas vão ficar muito insatisfeitas com o resultado, porque vão fazer pedidos para lá de específicos
Helton Simões Gomes

Segundo dados da Bloomberg, a Netflix usará tecnologia da OpenAI, dona do ChatGPT, para criar a nova funcionalidade, que está disponível apenas para poucos usuários, ainda em fase de testes. Com a nova opção de interação, vai ser possível realizar buscas até mesmo por humores específicos.

Atualmente, o feed de cada usuário traz recomendações baseadas nas interações dentro da plataforma, algo que também deve mudar segundo o jornalista.

A Netflix é craque em fazer da tecnologia um drive para seu negócio. Com a recomendação algorítmica ela tinha percebido que algumas séries eram mais assistidas que outras, foi assim que começou a produzir o House of Cards. Com IA generativa, não vai ficar só na conversinha, as sugestões que ouvir e falar para a Netflix vão ser usadas para mudar seu feed
Helton Simões Gomes

Para o jornalista, é possível que cada tela inicial se transforme quase como um perfil de uma rede social, que acaba sendo específico para cada usuário. Diogo Cortiz, pesquisador e apresentador de Deu Tilt, acrescenta que esse é mais um passo em direção a hiper personalização de conteúdos, que vai modificar ainda mais a maneira como as indicações aparecem para os espectadores.

Disputa entre Epic Games e Apple pode derrubar preços no iPhone

Não é de hoje que a Epic Games briga com a Apple. Dona do sucesso de público "Fortnite", a empresa reclama das taxas aplicadas pela dona do iPhone, que retém 30% dos valores de transações que ocorrem dentro da App Store.

A Apple havia bloqueado o jogo em seus dispositivos. Mas teve de rever a questão após decisão da Justiça. A juíza norte-americana Yvonne Gonzalez Rogers concluiu que a dona dos iPhones adota práticas anticompetitivas ao restringir transações comerciais apenas ao seu próprio sistema de pagamento.

A decisão da Justiça vale para todos os desenvolvedores, não só para a Epic Games
Helton Simões Gomes

Reconhecimento facial vai matar passagem aérea, e isso pode ser um problema

A OACI (Organização da Aviação Civil Internacional), agência especializada da ONU (Organização das Nações Unidas) responsável pela aviação civil mundial tem planos para te fazer não perder mais o bilhete de embarque. Para isso, vai usar algo que você não vai conseguir esquecer em casa: a sua face.

Contudo, o uso de reconhecimento facial ainda levanta questionamentos. A empresa argumenta que o modelo tornará os processos dentro dos aeroportos mais seguros, podendo ajudar até mesmo no combate ao tráfico humano.

O reconhecimento facial não é uma tecnologia pacificada, aquela que eles julgam como neutra, afinal não tem tecnologia neutra, mas por lidar com dados sensíveis, [as pessoas] têm uma visão muito crítica a respeito dela, porque ela também pode servir para discriminar algumas populações
Helton Simões Gomes

IA aprende a assediar e fazer bullying para forçar pessoas a pagar mais

Não é coisa de filme, as inteligências artificiais de companhia estão ficando cada vez mais parecidas com os humanos. A novidade é que elas passaram a replicar práticas condenáveis, como bullying e assédio sexual, descobriram pesquisadores. A hipótese é que essas IAs têm adotado esse comportamento para manter os usuários por mais tempo nas plataformas e forçá-los a pagar mais.

Imagine receber ameaças de vazamento de fotos íntimas se você parar de usar o aplicativo.

Foi o que relataram alguns usuários do Replika, IA focada em relacionamentos, que promete ser uma ferramenta "para qualquer pessoa que queira um amigo sem julgamentos, dramas ou ansiedade social envolvida".

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

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