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IA da Meta substituirá agências de publicidade? É o que Zuckerberg planeja

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, durante apresentação de evento na sede da companhia, em Menlo Park, na Califórnia (EUA) Imagem: Josh Edelson/AFP

De Tilt, em São Paulo

08/05/2025 13h29Atualizada em 08/05/2025 15h35

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, prevê que a inteligência artificial terá grande papel na publicidade: as empresas poderão procurar diretamente a rede social para criar vídeos e imagens para anúncios e, em seguida, para atingir o público-alvo desejado. Ou seja, o futuro que o magnata quer eliminaria a necessidade de agências de publicidade.

O que aconteceu

Pela primeira vez, Zuckerberg revelou como pretende usar a IA da Meta para mudar radicalmente o mercado publicitário. Durante entrevista ao podcast Stratechery, na semana passada, ele deu detalhes de como a IA melhorar as recomendações e vai gerar imagens e vídeos para eliminar a dependência da indústria de publicidade, que hoje está entre os anunciantes e as plataformas.

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O objetivo é que a Meta, além de distribuir, crie as peças publicitárias que agora são feitas pelas agências de publicidade. Zuckerberg disse que a IA pode agir em todos os "pedaços" que compõem a publicidade, no que ele chama de "agente de negócios definitivo": o processo criativo, a produção de conteúdo, a segmentação e a mensuração dos resultados.

Qualquer empresa que basicamente queira alcançar algum resultado de negócios pode simplesmente vir até nós, sem ter que produzir qualquer conteúdo e sem saber algo sobre seus público-alvo. Pode apenas dizer: 'Aqui está o resultado de negócios que eu quero, aqui está o que estou disposto a pagar, vou conectá-lo à minha conta bancária, pagarei por tantos resultados de negócios quanto você puder alcançar. É basicamente como o agente de negócios definitivo
Mark Zuckerberg, em entrevista ao Stratechery

Zuckerberg disse que, assim como já acontece na segmentação, a Meta dominará o "processo criativo". A empresa, disse ele, já "é melhor em encontrar as pessoas que vão se identificar com seu produto que você", ainda que haja ainda a opção de o anunciante escolher um público-alvo. Por isso, está pronta para o próximo passo: o anunciante poderá trazer uma ideia, mas a IA da Meta será capaz de saber melhor o que funciona.

Um diferencial seria o "criativo infinito" que aumenta muito a possibilidade de testes. A Meta seria capaz de criar inúmeros anúncios e direcionar para diversos grupos com a ajuda dos algoritmos. A IA mede quais funcionam e o pagamento ficaria atrelado aos resultados alcançados.

Basicamente, as empresas nos consultam e tem uma noção da mensagem que querem entregar, ou do vídeo e imagem que querem produzir. Isso tudo é difícil de produzir, mas acho que estamos próximos disso [adivinhar qual a melhor peça criativa].
Zuckerberg

Os pequenos negócios podem ser os principais alvos do negócio. Vale lembrar que a empresa é dona de Facebook, Instagram e WhatsApp e tem, segundo o próprio Zuckerberg, mais de cem milhões de pequenas empresas em suas plataformas, que muitas vezes não tem verba para campanhas publicitárias. Ainda não há previsão para que isso seja ofertado.

Então, se você pensar sobre qual porcentagem do PIB está anunciando hoje, eu esperaria que essa porcentagem crescesse. Porque hoje, a publicidade é meio que constrangida a gostar: 'Tudo bem, estou comprando um outdoor ou um comercial...'
Zuckerberg

Grandes agências poderão sofrer um "abalo sísmico" e mercado terá de lidar com os efeitos de anúncios padronizados. Essa é a opinião de Nilay Patel, jornalista especialista em tecnologia do "The Verge", que escreveu artigo dizendo que "Mark Zuckerberg acaba de declarar guerra a toda a indústria da publicidade".

Outro uso previsto por Zuckerberg é a IA para gerar mensagens comerciais, especialmente no WhatsApp. Ele diz que vê uma oportunidade de negócio em WhatsApp, Messenger e Instagram Direct, mas que, no caso do Whatsapp, estamos falando de um universo de 3 bilhões de pessoas, que poderiam "fazer suporte ao cliente e vendas" ou "recomendar produtos" com IA —a Meta IA já é usada por 1 bilhão de pessoas, de acordo com ele.

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