Por que não dá para apostar em quem vai levar o GP do Canadá
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O cenário para o GP do Canadá, com largada marcada para as 15h deste domingo (15), pelo horário de Brasília, é bastante interessante: três carros de equipes diferentes nas primeiras posições, todos com chances de vencer, e outros pilotos que devem ter ritmo de corrida forte vindo de trás. Há estratégias diferentes entre os times, em uma pista que costuma gerar interrupções de Safety Car e na qual as ultrapassagens não são difíceis.
Basicamente, apontar um favorito é literalmente uma aposta no escuro.
Aumento da temperatura é importante
George Russell larga na frente, como no ano passado, mas tem duas dúvidas: a expectativa é de que as temperaturas cheguem a 25ºC sem muitas nuvens, e isso em teoria não é bom para a sua Mercedes.
Isso porque o que vinha sendo o fator limitante para o rendimento especialmente da McLaren no Canadá até aqui deixa de ser um risco tão grande: a granulação dos pneus traseiros, que tem a ver com as baixas temperaturas da pista e que apareceram quando os pilotos rodavam com céu encoberto e 20ºC de temperatura ambiente na sexta-feira.
Estratégias diferentes de pneus vão fazer diferença?
Mas ele tem posição de pista e, mantendo a ponta na largada, pode usar isso a seu favor. O que seria importante também para o segundo fator: Russell, o segundo colocado Max Verstappen e o quarto Kimi Antonelli fizeram voltas de classificação no pneu médio com que devem largar.
Os pneus são raspados entre a classificação e a corrida para atenuar o efeito dessas voltas a mais, porém existe uma vantagem para quem larga com o médio novo: principalmente Oscar Piastri, que não usou a melhor estratégia na classificação e, mesmo assim, sai da terceira colocação.
Isso sem falar na tensão causada por quão perto Verstappen está de uma suspensão automática e como George Russell já mostrou que vai tentar explorar isso.
Norris e as Ferrari vindo de trás
As duas McLaren e as duas Ferrari guardaram só pneus novos para a corrida - um jogo de médios e dois de duros - e são carros que têm bom ritmo de corrida. Mas a diferença da posição de Piastri para seu companheiro, Lando Norris, e os ferraristas é a posição de pista: Lewis Hamilton lidera o grupo, em quinto, com Norris em sétimo e Leclerc em oitavo.
Fernando Alonso está entre eles, em mais uma estratégia arriscada da Aston Martin (ele focou em classificação e só tem pneus usados para a corrida).
Qual é a melhor estratégia? E a tática única da Sauber
Essa é uma resposta sempre difícil no Canadá porque a melhor estratégia pode mudar durante a corrida, dependendo da intervenção de um SC. Em teoria, são duas paradas, ou usando dois jogos de médios, ou dois jogos de duros. O pneu macio só deve aparecer se um piloto tiver pouquíssimas voltas para fazer.
A Sauber de Gabriel Bortoleto já se comprometeu a priorizar o médio, pois ambos os pilotos estão indo para a corrida com apenas um jogo de duros. E são os únicos a terem escolhido esse caminho.
Bortoleto larga em 15º e busca seus primeiros pontos na F1. Para ele, quanto mais imprevistos aparecerem em um GP que costuma ter imprevistos, melhor.
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