Norris lidera em treino com bandeira vermelha e Bortoleto em 19º Canadá

O terceiro treino teve vários dos elementos que marcaram as sessões da sexta-feira: os pilotos com dificuldades em manter os carros na pista, especialmente na última curva, os pneus médios rendendo mais do que os macios, e a McLaren tendo mais dificuldade para conseguir bons tempos de volta do que nas etapas anteriores do campeonato. Lando Norris, inclusive, saiu da sexta-feira dizendo que tinha sido o dia mais difícil para eles neste ano.

Mesmo assim, a equipe decidiu continuar usando a nova suspensão no carro do britânico, que aos poucos foi se aproximando da parte de cima da tabela e terminou em primeiro. Mas seu companheiro, Oscar Piastri, se encontrou com o muro e ajudou a causar uma bandeira vermelha com metade da sessão realizada. Isso porque Nico Hulkenberg rodou na última curva logo depois dele, tocando as asas traseira e dianteira no muro. Foram ambos toques mais leves, mas que deixaram detritos na pista, e por isso a bandeira vermelha.

Piastri, aliás, terminou em oitavo e parece viver um fim de semana parecido com o de Mônaco, em que não se entendeu com sua McLaren em outro circuito de rua.

Um piloto que impressionou no terceiro treino livre foi Charles Leclerc. Ele tinha dado poucas voltas quando bateu no primeiro treino, ficou de fora do segundo por conta dos danos, e marcou o primeiro tempo logo de cara quando voltou a pista, demorando para ser batido. E no finalzinho do treino ele marcou o segundo melhor tempo.

Já Bortoleto reclamou bastante dos freios de sua Sauber, algo muito importante na pista de Montreal, que tem muitas freadas fortes e é uma das pistas mais duras com os freios de toda a temporada. Com o segundo jogo de pneus macios, após a bandeira vermelha, ele parou de reclamar via rádio, mas não conseguiu nenhuma volta totalmente limpa e terminou na pior posição de todo o fim de semana, à frente apenas de Yuki Tsunoda, com muita dificuldade com o carro da Red Bull.

Sobre os pneus, a situação é parecida com o que aconteceu no GP da Emilia Romagna: os compostos usados são os mesmos, C4, C5 e C6, e não tem sido fácil tirar o máximo de rendimento do pneu mais macio. Isso gera a dúvida para as equipes: será mais vantajoso fazer a classificação com os médios? O problema é que a maioria das equipes só tem um jogo de médios sobrando, e ele será usado na corrida. É claro que é possível usar o mesmo jogo na classificação, mas ele perde rendimento.