iPhones ganham nova forma de conexão com automóveis; veja como funciona

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Nos últimos anos, os sistemas Android Auto e Apple CarPlay deram nova dimensão às telas — cada vez maiores — dos automóveis, tornando-as extensões dos smartphones dos ocupantes.
Agora, a Apple amplia essa integração com o novo CarPlay Ultra: o sistema de pareamento de iPhones já está disponível em carros da Aston Martin e, ainda em 2025, deverá chegar a veículos de marcas de grande volume de vendas, como Kia e Hyundai.
A nova geração do CarPlay é como se fosse um conversor, que permite ao veículo se comunicar com o celular e vice-versa.

Dessa forma, é possível que o iPhone envie ordens para sistemas como ar-condicionado e modo de condução do carro. Ao mesmo tempo, é possível ler dados de velocidade, pressão dos pneus e problemas mecânicos, compartilhando-os com diferentes aplicativos.
Um detalhe importante é o fato de o CarPlay Ultra alterar o quadro de instrumentos dos carros, fazendo com que todo o contato do motorista com o veículo tenha a identidade visual típica da Apple.
A tecnologia também foi planejada para se adaptar a diferentes formatos e tamanhos de telas, além de trazer integração ampliada à assistente de voz Siri e à nova Apple Intelligence - a interface de inteligência artificial da gigante de tecnologia.

É possível mexer no rádio, no ar-condicionado e em qualquer outra função da multimídia sem precisar voltar ao menu inicial. A integração mais fluida ajuda na redução de tempo gasto com telas pelo motorista - que, atualmente, é a causa de até 30% dos acidentes na Europa, segundo a consultoria de transportes TRL Limited.
O CarPlay Ultra, diz a Apple, é compatível com automóveis já lançados. Nesse caso, porém, é necessária uma atualização via internet que, por adicionar conexão a sistemas embarcados, deve ser feita na concessionária.
A atualização também serve para adaptar o sistema a controles físicos do carro: botões, ajustes elétricos e até massageadores de bancos. Essa flexibilidade também abre possibilidade para que novos modelos de carros tragam botões físicos reprogramáveis, que funcionariam conforme o gosto do condutor.
Preferência do consumidor

Diferentes estudos de mercado indicam que os motoristas não gostam dos softwares que vêm instalados nos carros, preferindo tanto o CarPlay quanto o Android Auto.
Segundo a McKinsey, quase 85% dos consumidores consideram tais recursos como um fator decisivo para escolher um veículo novo.
Essa tendência fez com que a compatibilidade com as interfaces fosse ainda mais favorecida por algumas montadoras, que diminuíram gastos com o desenvolvimento de seus sistemas proprietários.
Mas as marcas de luxo, principalmente, apostam na interface de usuário como um complemento do design veicular. Nesses casos, explica a Apple, é possível escolher o que terá o estilo do iPhone e o que manterá estilo próprio no painel.
Enquanto isso, a Alphabet (dona do Google) também aumenta a integração do Android Auto, e já tem, há alguns anos, o Android Automotive — semelhante ao CarPlay Ultra e disponível nos Volvo EX30 e EX90, dentre outros veículos, no Brasil.
Tesla e outras marcas rejeitam CarPlay

A tendência de maior integração entre carros e celulares também preocupa algumas montadoras.
Seja por questões ligadas ao acesso a dados sensíveis ou pelo risco de perder o controle do desenvolvimento de partes dos carros, já existe quem resista à compatibilidade.
A Tesla, que nunca permitiu nenhum dos sistemas nos respectivos veículos - é uma delas; a Rivian até usa serviços do Google, mas investe pesado para que o seu sistema operacional seja a melhor opção.
Montadoras da China, enquanto isso, parecem distantes de conciliar os métodos chineses e norte-americanos de tratar essa parte da internet.
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