Nissan anuncia prejuízo de US$ 4,5 bi e corte de 20 mil postos de trabalho

Ler resumo da notícia
A montadora japonesa Nissan anunciou na última terça-feira (13) um prejuízo anual de US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões na cotação atual). A marca ainda confirmou um plano para cortar 15% de seu quadro de funcionários, em um balanço no qual faz um alerta sobre o possível impacto das tarifas dos Estados Unidos.
O que aconteceu
A Nissan divulgou um déficit anual de US$ 4,5 bilhões. A empresa, que enfrenta um forte endividamento, tentou há alguns meses uma fusão com a Honda, mas o plano foi abortado e agora a marca atua com um duro plano de reestruturação.
"A realidade é clara. Temos uma estrutura de custos muito elevada e, para complicar ainda mais as coisas, o ambiente do mercado mundial é volátil e imprevisível, o que torna o planejamento e o investimento um desafio cada vez maior", declarou à imprensa o CEO da Nissan, o mexicano Iván Espinosa.
A Nissan registrou perda líquida de 671 bilhões de ienes (US$ 4,5 bilhões, R$ 25 bilhões) no ano fiscal encerrado em março.
O valor está próximo do prejuízo recorde registrado no exercício de 1999-2000 de 684 bilhões de ienes, que terminaram empurrando a empresa para uma associação com a montadora francesa Renault, uma operação turbulenta marcada por vários problemas, incluindo a detenção no Japão do ex-presidente da marca, Carlos Ghosn.
A Nissan não publicou uma previsão de lucro líquido para o próximo exercício fiscal de 2025-26 e limitou-se a indicar que espera alcançar 12,5 trilhões de ienes em vendas.
"A natureza incerta das medidas tarifárias dos Estados Unidos dificulta estimar de forma racional nossas previsões para todo o ano sobre os lucros operacionais e lucros líquidos", disse Espinosa.
Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.