Pegadinha: 7 carros que vieram para bombar, mas saíram de linha rapidamente

No universo automotivo, há poucas decepções maiores do que comprar um veículo zero-quilômetro e, pouco tempo depois, receber a notícia de que ele sairá de linha. Apesar do temor da desvalorização e da dificuldade para encontrar peças de reposição nem sempre se confirmar, para alguns é indigesto ter na garagem um produto que foi "deixado de lado" pela própria marca.

A escolha de tirar um modelo de linha pode vir de diversos fatores: falta de aprovação do público, entraves na importação ou mudança de estratégia da montadora. Mas é claro que os casos em que o fim da produção é anunciado pouco tempo após o lançamento chamam mais atenção.

Confira alguns modelos que foram apresentados ao mercado com pompa e circunstância, mas foram oferecidos por pouco tempo nas concessionárias.

Kia Rio (2020-2021)

Kia Rio 2021
Kia Rio 2021 Imagem: Divulgação

Durante muitos anos, o Kia Rio era apenas uma promessa. Quando, finalmente, chegou ao Brasil em 2020, tinha a mesma plataforma do Hyundai i20 europeu. Da marca coreana, também herdava o conjunto mecânico, motor 1.6 16V de até 130 cv e câmbio automático de seis marchas, utilizado no HB20.

A ideia era que o hatch ajudasse a Kia a ganhar volume de mercado. Apenas quatro meses após o lançamento, ele passou por uma reestilização, com apresentação na versão 2021. No entanto, pouco tempo depois, no ano passado, a Kia encerrou sua impostação, devido à alta do dólar. Apenas 540 unidades foram vendidas.

Caoa Chery Tiggo 3X (2021-2022)

Caoa Chery Tiggo 3x
Caoa Chery Tiggo 3x Imagem: Divulgação
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O Tiggo 3X, uma evolução do Tiggo 2, jogava no time de SUVs mais baratos do Brasil, mas deixou de ser vendido apenas 11 meses após o lançamento. O modelo era derivado do antigo Celer, um modelo lançado no Brasil em 2013.

Mesmo com novo motor 1.0 turbo e elementos de estilo diferentes do antigo Tiggo 2, o carro não ficou por muito tempo na linha de fabricação de Jacareí (SP), que, por sua vez, teve a produção interrompida.

Renault Sandero e Logan CVT (2020-2021)

Renault Sandero Intense CVT 2020
Renault Sandero Intense CVT 2020 Imagem: Divulgação

Quando a Renault atualizou a linha Sandero e Logan, em 2020, incluiu a opção de câmbio CVT para o hatch e o sedã, uma evolução em relação à caixa automatizada Easy'R, que nunca fez sucesso nos modelos. No entanto, um ano e meio depois, a montadora teve que rever a estratégia.

Para instalar a transmissão CVT, foi necessário aumentar a suspensão da dupla, deixando o hatch muito parecido com o Stepway, uma versão aventureira de maior valor agregado. Ao identificar o problema, a marca decidiu manter a opção de câmbio automático apenas no Stepway.

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Hyundai HB20X 2ª geração (2019-2022)

Hyundai HB20X 2021
Hyundai HB20X 2021 Imagem: Divulgação

Se o HB20X era objeto de desejo na primeira geração do hatch, na segunda, a história foi diferente. Sem a opção de motor turbo, o modelo equipado com o propulsor 1.6 aspirado dianteiro de 130 cv não se destacou no mix de vendas.

Pouco mais de dois anos após o seu lançamento, a Hyundai decidiu tirá-lo de cena.

Ford EcoSport com pneus run-flat (2019-2020)

Ford EcoSport Titanium 2020
Ford EcoSport Titanium 2020 Imagem: Divulgação
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Uma das grandes críticas ao Ford EcoSport era o estepe na tampa traseira. Em 2019, quando a marca apresentou uma solução, o pneu denunciava a idade do projeto, datado de 2012. Foi então que nasceu a versão Titanium, com motor 1.5 aspirado e sem estepe.

Os pneus tradicionais foram substituídos por run-flat - que podem circular por até 80 km mesmo furados - e a tampa traseira ganhava um visual mais limpo. No entanto, em 2020, a Ford anunciou que fecharia suas fábricas no Brasil, tirando de linha os veículos de produção nacional, como EcoSport, Ka e Ka Sedan.

Volkswagen Golf GTE (2019-2020)

Volkswagen Golf GTE
Volkswagen Golf GTE Imagem: Divulgação

O Golf GTE chegou ao Brasil depois de muitas promessas. O primeiro híbrido plug-in da marca no país era equipado com motor 1.4 TSI de 150 cv associado a um elétrico, juntos, entregavam 204 cv de potência e 35,7 kgfm de torque.

Apesar da comunicação em torno da novidade, o veículo não decolou, apenas 100 unidades foram importadas antes do GTE sair de linha, no ano seguinte.

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Hyundai Veloster (2011-2014)

Hyundai Veloster
Hyundai Veloster Imagem: Divulgação

A chegada do Veloster no Brasil foi acompanhada de muita empolgação. A ideia é que o carro fosse um esportivo de três portas mais acessível, mas faltou fôlego.

Isso porque o modelo utilizava o motor 1.6 de 128 cv do hatch compacto HB20, decepcionando os fãs que esperavam por mais esportividade. Na época, o chegou a ganhar o apelido de "Lentoster". Em 2014, as importações foram interrompidas.

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