Só contraceptivo? DIU hormonal será usado no SUS para tratar endometriose

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A Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) aprovou a incorporação do DIU hormonal ao SUS, destinado ao tratamento de pessoas com endometriose.
O que aconteceu
Decisão foi publicada no dia 27 de maio no Diário Oficial. Segundo a portaria, o dispositivo intrauterino que libera o hormônio levonorgestrel (DIU Mirena) será indicado para quem tem endometriose e não pode tomar contraceptivos orais combinados ou não conseguiu aderir a esse tipo de tratamento.
Áreas técnicas terão até seis meses para ofertar o tratamento. Esse é o prazo que o SUS tem para disponibilizar novos medicamentos, produtos, procedimentos, protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.
Endometriose afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil. A doença ocorre quando o tecido do endométrio fica fora da cavidade uterina, ou seja, no ovário, nas trompas ou no intestino, em várias localizações. Assim, o dispositivo por meio da liberação de hormônio diminui a ação do estrogênio no endométrio, afinando-o.
Não é só prevenir gravidez
DIU pode ser usado para tratar câncer ginecológico, de mama e colo de útero. Nesses casos, se houver contraindicação hormonal, o DIU de cobre é uma opção.
Trata endometriose e fluxo menstrual intenso. Os DIU hormonais são a primeira escolha para tratamento da endometriose, desde que não seja profunda.
É usado como terapia de reposição hormonal na menopausa. O DIU hormonal possui a progesterona, um dos hormônios utilizados para reposição hormonal, em conjunto com o estrogênio, feito via oral ou transdérmico, na forma de adesivo ou creme.
Na contracepção, DIU pode ser usado como método de emergência. Se inserido em até 72 horas após a relação sexual, consegue-se evitar a gestação.
As chances de gravidez são baixas, mas não zero. A taxa é igual ou menor do que a laqueadura, cerca de uma a cinco em cada mil mulheres. Quando isso ocorre, tirar o DIU pode levar à perda da gestação, mas, ao mantê-lo, o risco é ainda maior. Se o fio estiver visível, é menos arriscado tirá-lo do que deixar no lugar.
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