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Vacina da herpes zoster reduz risco de doenças cardíacas em 23%, diz estudo

Herpes zoster causa feridas dolorosas pelo corpo Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

10/05/2025 15h53

Além de prevenir feridas dolorosas na pele, a vacina contra herpes zoster pode reduzir o risco de doenças cardíacas, indica um estudo sul-coreano com mais de 1 milhão de pessoas publicado no European Heart Journal.

O que aconteceu

Após o sucesso da vacina, pesquisadores sul-coreanos estudaram seus benefícios para o coração. A análise de 1.271.922 pessoas com 50 anos ou mais revelou um risco 23% menor de doenças cardiovasculares entre quem foi vacinado contra herpes zoster, informa reportagem da CNN Internacional.

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A redução do risco depende de quando a vacina foi aplicada. O resultado foi mais perceptível até oito anos após a vacinação entre homens, pessoas com menos de 60 anos e até entre aqueles com "estilos de vida pouco saudáveis", como fumantes e quem faz uso crônico de álcool, de acordo com o estudo publicado na última terça-feira (6).

A tese é que a vacina previne um dos efeitos colaterais do vírus. "Como o herpes zoster pode causar inflamação nos vasos sanguíneos e levar à formação de coágulos, que aumentam o risco de doenças cardíacas, a prevenção do herpes zoster por meio da vacinação pode ajudar a reduzir esses riscos cardiovasculares", explicou Hayeon Lee, coautora e pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade Lee Kyung Hee.

O estudo é o mais abrangente sobre a vacina até o momento. Seus resultados podem convencer alguns pacientes a se vacinarem, diz Sharon Curhan, médica e epidemiologista do Brigham and Women's Hospital, que não estava envolvida no estudo.

O vírus varicela-zoster causa mais de uma doença. Na infância, pode provocar catapora; em adultos mais velhos ou imunocomprometidos, o diagnóstico pode ser o de herpes zoster. O interessado na vacina não precisa ter histórico de catapora para se imunizar, diz Curhan, ao lembrar que essa cepa do vírus pode permanecer inativa no corpo por anos antes de provocar herpes zoster.

Mais de 99% dos adultos com 50 anos ou mais no mundo todo foram expostos ao vírus. A maioria pode não ter tido ou saber que tiveram catapora, de acordo com estimativas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

As limitações

Os pacientes do estudo usaram uma variação mais antiga da vacina contra herpes zoster. O imunizante, que não está mais disponível nos EUA desde 2020, contém uma forma viva, porém enfraquecida, do vírus, usada para provocar a resposta imune do organismo. Desde então, ela foi substituída pela Shingrix, uma vacina recombinante contra o herpes zoster de duas doses contendo apenas parte do vírus.

Mais pesquisas são necessárias para comparar os benefícios dessas diferentes variações de vacinas. "A maior limitação desse tipo de pesquisa é que você está essencialmente comparando pessoas que se vacinam com aquelas que não se vacinam", disse Pascal Geldsetzer, professor assistente de medicina na Universidade de Stanford, que não esteve envolvido no estudo. "As pessoas que decidem se vacinar costumam ter motivações e comportamentos de saúde muito diferentes daquelas que não o fazem."

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