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Truque contra incerteza: como levar algoritmo da rede social para a vida?

Colunistas de Tilt e Colaboração para Tilt

11/05/2025 05h30

(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Facebook sem Instagram e WhatsApp; Musk, Bezos e chineses: satélites no Brasil; A onda do 'vibe coding'; Algoritmos para a vida)

As redes sociais estão impregnadas de algoritmos. São eles que decidem se você vê mais vídeos de gatinhos ou de suplementos. Mas e se a vida fora das redes tivesse uma lógica parecida?

Em novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz propõe o exercício de aproveitar a proposta de algoritmo das redes para atitudes fora da tela.

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A ideia está baseada no livro "Algoritmos para viver", dos escritores norte-americanos Brian Christian e Tom Griffiths. A obra sugere uma aplicação dos mesmos fundamentos dos algoritmos na vida cotidiana.

Ele [o livro] está falando de uma série de algoritmos que são superconsolidados na área de ciência da computação, mas que a gente pode transportá-los para decisões da nossa vida para que a gente possa entender melhor uma situação e tomar uma decisão mais acertada
Diogo Cortiz

Esses macetes podem ajudar na hora de tomar decisões, para diminuir a ansiedade gerada pela incerteza e também reduzir arrependimentos, explica Cortiz.

Um jeito de decidir

Para exemplificar seu ponto, Cortiz traz o Problema do Bandido Multibraços (também conhecida como "Bandidos multiarmados"), uma maneira de trabalhar o aprendizado por reforço que traz dois cenários possíveis entre explorar (no sentido de descobrir) e explorar (que vem de "exploit" e tem o sentido de aproveitar o que foi encontrado).

Como acontece com os algoritmos, sempre que um usuário dá indicações de que gosta de determinado conteúdo, mais desse tipo vai aparecer para ele. Ou seja, é algo aprendido por reforço.

No conceito apresentado por Cortiz, é como se uma pessoa, quando estivesse na fase inicial de explorar, começasse a descobrir coisas novas antes de decidir se gosta ou não dela.

O algoritmo nos ajuda a entender que estamos em duas grandes fases: uma de exploração de possibilidades e, depois, quando a pessoa explorou e encontrou mais evidências e seu caminho melhor, ela entra na fase do exploit (de aproveitar o que descobriu)
Diogo Cortiz

Ou seja, a pessoa que frequentou o mesmo restaurante por mais de duas vezes e gostou, tem a tendência de retornar lá mais vezes. Em outras palavras, é como se acontecesse um sistema de reforço, em que o indivíduo não tem mais necessidade de descobrir possibilidades, mas sim aproveitar o que já identificou como algo de seu gosto.

Exatamente como os vídeos de gatinhos da sua timeline.

Você pede, e a IA faz o resto: 'vibe coding' é o fim dos programadores?

Quando o cientista da computação Andrej Karphathy fez um post no X relatando uma nova maneira de programar chamada "vibe coding", ele não sabia que tinha cunhado um termo que faria sucesso e que atrairia a atenção do mundo dos programadores.

Ex-diretor sênior de IA na Tesla e com passagens pelo time que desenvolveu a versão 4 do ChatGPT, Karpathy afirmou que quando está na "nessa vibe", quase esquece que o código existe.

Eu praticamente só falo com o Composer usando o SuperWhisper, então mal encosto no teclado. Peço as coisas mais bobas, tipo "diminuir pela metade o espaçamento lateral da barra", porque tenho preguiça de procurar. Sempre clico em "Aceitar tudo", nem leio mais as diferenças. Quando aparecem mensagens de erro, só copio e colo direto, sem comentário nenhum -- geralmente isso resolve. O código vai crescendo além do que eu normalmente consigo entender
Andrej Karpathy

Como seriam as redes sociais sem união entre Facebook, Instagram e WhatsApp

Enfrentando um julgamento na Justiça dos Estados Unidos sob a acusação de ser um monopólio das redes sociais, a Meta pode, caso condenada, ser obrigada a se desfazer de dois dos seus principais apps: Instagram e WhatsApp.

Se acontecer, a venda dessas duas plataformas vai mudar o mundo da internet. Outra decisão, no entanto, teria causado impacto considerável e imprevisível: e se o Facebook não tivesse adquirido Instagram e WhatsApp?

A companhia de Mark Zuckerberg argumenta que nenhum desses serviços seriam os gigantes de hoje sem seus investimentos.

Se cuida, Musk: Amazon e chineses lançam satélites de olho no Brasil

O Brasil está no centro de uma corrida de empresas interessadas em ocupar o espaço com satélites para fornecer internet. A Starlink, empresa de conexão via satélite do bilionário Elon Musk, recebeu em abril deste ano liberação da Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) para usar operar mais 7,5 mil satélites e ampliar sua frota, que atualmente conta com 4.408 equipamentos em órbita.

Para a gente ter uma ideia de como isso muda o cenário de internet, até 2022 a humanidade inteira lançou 15 mil satélites. Só o Elon Musk e a SpaceX querem lançar até 2035 40 mil
Helton Simões Gomes

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

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