Vai uma batata frita? 4 lugares para provar nossas favoritas em SP

Uma médica cardiologista me disse que batata frita só deve ser consumida uma vez por mês. Obviamente, indaguei: uma? E conferi: por mês? Achei que ela tivesse se confundido. Não foi o caso. Essa pode até ser a medida ideal para as artérias, mas está longe — bem longe — da medida ideal para a substância cinzenta periaquedutal (a área do cérebro responsável pela gula, segundo uma pesquisa rápida no Google).
Levo a minha paixão por batatinhas a sério. Se há estudos que falam sobre neurônios que ajudam a aguentar a sobremesa mesmo após a saciedade, eu acredito que, se estudassem o meu corpo, a endoscopia mostraria um setor no estômago com a plaquinha: "deposite batatinhas aqui". Sempre há espaço para mais uma.
Reuni nesta newsletter quatro das minhas favoritas da cidade, mas há outras tantas, dos mais diferentes tipos — fina, grossa, com purêzinho dentro, portuguesa, chips, quase palha — que me fazem sorrir. Se a que você mais gosta não apareceu aqui na lista, me manda uma mensagem que eu quero provar (sem contar para a médica).

Teus
O chef Francisco Farah é viciado em batata frita. Deve ser por isso que chegou à receita desta deliciosa batatinha fina e crocante, mas que não chega a ser tipo palha. O processo é feito em etapas: primeiro, o tubérculo fica duas horas de molho em água e, depois, mergulha no óleo para a dupla fritura. A melhor parte é que vem num cone gigante (R$ 32) que satisfaz até quem tem muita fome. Vai lá: Rua Natingui, 1548, Pinheiros. @teusrestaurantebar

Votre
Não é marmelada, é verdade: outra das minhas batatas preferidas também é feita por Francisco Farah. este restaurante francês, o estilo é diferente. As batatinhas são mais grossas e precisam de um tempo de descanso entre as duas frituras para ficar crocantes por fora e molinhas por dentro. Para mim, a graça é lambuzá-las sem dó nos molhos (poivre, roquefort ou béarnaise) que acompanham o baby beef (R$ 99). Vai lá: Rua Natingui, 1520, Pinheiros. @votre.brasserie

Z Deli Restaurante
Morder a batatinha daqui é sentir a casquinha fina fazer croc-croc logo antes do purêzinho macio se espalhar pela boca. Para alcançar a textura, é preciso achar a batata certa. "É a parte mais complexa dessa dança toda. Buscamos as que têm alto percentual de amido e pouca umidade", conta o chef Benê Souza. Ela acompanha pratos e sanduíches, como o cheeseburger com roquefort e cebola (R$ 75). Vai lá: Alameda Lorena 1689, Jardins. @zdelirestaurante

Muli
Esse restaurante quer trazer o mar para mais perto de São Paulo. As batatinhas com sour cream e pastrami que se espalham pelas hamburguerias da cidade, por exemplo, ganham uma versão praiana com cubos de atum cru. Adicionei a receita à lista pela criatividade, mas preciso dizer que, se o peixe fosse cortado com mais delicadeza, em pedaços menores, o resultado seria ainda melhor (R$ 79). Vai lá: Rua Martim Francisco, 482, Vila Buarque. @muli_restaurante
BARES
Vinhos, coquetéis (e fondue) em dois restaurantes-jardim
Sergio Crusco

Bateu frio e, junto com ele, vem a vontade de estar num recanto aconhegante, bebendo vinho e comendo algo deliciosamente pecaminoso. Às favas com o controle de calorias.
Curtir esse programa num lugar espaçoso, aberto e com jardinzão também rola. Praça São Lourenço e Pé de Manga, restaurantes-quintal, oferecem conforto térmico com torres de aquecimento e telhados de vidro. Se a turma não for do sereno, há ambientes fechados nos dois.
No quesito bebidas, eles contam com bons vinhos e, caso venha a vontade de dividir um fondue com os amigos, a harmonia está garantida. Para tardes ensolaradas, também há coquetéis refrescantes. Para noites gélidas, receitas potentes.

Praça São Lourenço
A carta de vinhos do Praça une variedade e qualidade. O fondue de queijo casa com brancos e, se quiser uma harmonização clássica, peça o austríaco Heiderer Mayer (R$ 182), da uva Grüner Veltliner. Ou ouse na combinação com o Alvarinho brasileiro Vivalti (R$ 188). Albert Bichot Horizon Pinot Noir (R$ 281) é tinto delicado para ornar com o fondue mar e terra, de atum e mignon. Para tropicalistas, novas batidas de coco e de maracujá com chocolate branco (R$ 30) saem do bar liderado por Vaninha, prenunciando uma nova carta de drinques. Vai lá: R. Casa do Ator, 608, Vila Olímpia. @pracasaolourenco

Pé de Manga
No Pé de Manga, a novidade é a carta de coquetéis criada por Karina Yoshi. Para agasalhar a alma, girasole (R$ 49) é variação de Negroni com gim, Campari, vermutes tinto e seco em infusão de sementes de girassol tostadas no azeite de oliva. Mas há várias opções frutadas e adocicadas, como o nativa (R$ 50), que leva gim, licor de flor de sabugueiro, manga, framboesa e calda de limão siciliano. Na enxuta carta de vinhos, opções tintas como o argentino Catena Malbec (R$ 210) e o chileno Carmen Carmenère (R$ 160) chegam junto com os fondues. Vai lá: R. Arapiraca, 152, Vila Madalena. @pedemanga
BELISQUESTES
É congelado, mas é bom
Gabrielli Menezes

Nada substitui a comida fresca e os temperos que ainda soltam aroma com o calor do fogo. Mas na correria do dia a dia, às vezes só resta abrir o congelador e torcer para encontrar algo bom — e prático — por lá.
De olho nisso, cada vez mais restaurantes têm apostado em versões congeladas de seus clássicos. Testei alguns deles para selecionar dois que valem a pena garantir no freezer:

Pizza da Bráz
Com seis pedaços, os discos são vendidos no delivery da Bráz, no site brazveloce.com.br ou em pontos de venda como supermercados - por unidade (a partir de R$ 54) ou em kits com cinco (R$ 289). Os sabores são os mais tradicionais, como portuguesa e calabresa. A dica é descongelar por 30 minutos, levar ao forno pré-aquecido a 200?°C e retirar assim que o queijo derreter.

Esfiha do Almanara
As receitas árabes de um dos restaurantes mais tradicionais de São Paulo também têm vez no freezer. A linha de congelados inclui faláfel, quibe e esfihas de carne, queijo, ricota, verdura e zahtar com coalhada. As caixinhas, com 12 unidades em tamanho mini, estão à venda nos endereços da rede e costumam ser encontradas com facilidade em supermercados.
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