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OpiniãoEsporte

O Dia do Não Fico de Ednaldo Rodrigues

A saída de Ednaldo Rodrigues, ao afirmar que desiste das ações para retornar à presidência da CBF, ficará na memória como o "Dia do Não Fico." Assim como 9 de janeiro de 1822, o "Dia do Fico" de Dom Pedro I. Pressionado para retornar à corte, em Lisboa, disse aceitar o pedido de 8 mil brasileiros por assinaturas e permanecer no Rio de Janeiro.

Entre o 9 de janeiro de 1822 e o 19 de maio de 2025 está uma espécie de 8 de janeiro do futebol do Brasil.

Com a escolha rápida e extremamente rasteira de Samir Xaud para ocupar o lugar do abanado Ednaldo Rodrigues.

Abandonado, bastante abandonado e merecidamente abandonado. Mas abandonado.

Quatro horas apenas após o anúncio do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro de que Ednaldo Rodrigues estava afastado, 19 federações estaduais já tinham um documento pronto e coeso, redigido, aprovado e divulgado pela renovação do futebol brasileiro. Na hora do almoço do dia seguinte já havia um nome de consenso, o presidente eleito da Federação de Roraima.

Nenhum deputado, ministro, presidente da República ou Imperador do Brasil há de querer nos convencer de que tudo foi feito com absoluta unanimidade no intervalo de quatro horas.

A mesma unanimidade com que 27 federações e 40 clubes reelegeram Ednaldo Rodrigues há 55 dias!

Ednaldo precisava mesmo sair e é necessário um choque de profissionalismo na CBF.

Se o IDP vai mandar, que mande e arrecade o que o contrato assinado permite arrecadar.

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Mas que nos dê, em troca, conhecimento e profissionalismo.

O "Dia do Não Ficoi" não é como o 9 de janeiro de 1822.

É como o 8 de janeiro de 2023.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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