O que comer e evitar para reduzir a gordura no fígado

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Escondido ali do lado direito do abdome, o fígado desempenha muitas tarefas importantes para o corpo, como desintoxicar o organismo, produzir colesterol, fabricar proteínas, armazenar glicose e ainda faz bile — uma substância essencial para quebrar gorduras e eliminar toxinas. Ou seja, ele trabalha duro para manter tudo em ordem.
Ter um pouco de gordura nesse órgão é normal. O problema começa quando ela ultrapassa 5% do volume total do fígado. É aí que aparece a esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado — uma das doenças hepáticas mais comuns.
Como o corpo avisa que o fígado está sobrecarregado? Os primeiros alertas costumam ser dor do lado direito da barriga, inchaço abdominal, urina escura e até pele amarelada. Sinais que, embora sutis, indicam que algo não vai bem.
A esteatose geralmente é consequência de alimentação desequilibrada, sedentarismo e excesso de peso. Mas há também culpados menos óbvios, como o uso de certos medicamentos (como corticoides) e até predisposição genética.
Sem o devido cuidado, essa gordura acumulada pode inflamar o fígado — uma fase chamada esteatoepatite —, levando à morte de células e formação de cicatrizes internas (fibrose). Com o tempo, o quadro pode evoluir para cirrose e até câncer de fígado. Em casos graves, o único caminho pode ser um transplante.
A boa notícia é que a estrada para a recuperação começa com atitudes simples: alimentação saudável, exercícios físicos regulares e controle do peso. Atividades aeróbicas — como caminhada, corrida ou bicicleta — por pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana, aliadas a treinos de força duas vezes na semana, ajudam na queima de gordura e no equilíbrio do metabolismo.
A seguir, veja a alimentação adequada para desintoxicar e melhorar a saúde de seu fígado.
Priorize

Verduras, legumes, frutas e grãos integrais: são ricos em fibras, antioxidantes e nutrientes benéficos para o fígado, como a betaína.
Peixes, carnes brancas e ovos: contêm colina e metionina, também importantes para a função hepática.
Itens ricos em gordura "do bem": alguns exemplos são salmão, sardinha, azeite extravirgem, abacate e amêndoas. Eles têm efeito anti-inflamatório, desde que o excesso de calorias seja evitado.
Café e chás: de acordo com um estudo publicado em 2017 no Journal of Hepatology, o consumo de café e chás de ervas contribui para menor progressão da fibrose hepática, que se desenvolve quando o fígado é lesionado repetidamente. O consumo seguro de cafeína é de 400 mg ao dia para adultos, cerca de três a quatro xícaras de café coado.
Evite

Excesso de gordura animal: presente principalmente na carne vermelha, no leite integral e nos queijos amarelos. Opte por cortes magros de carne, leite desnatado ou semi e o queijo branco, que têm menos gordura.
Frituras: mesmo quando se usa apenas óleos vegetais, o aquecimento torna o alimento prejudicial à saúde.
Enlatados, embutidos e comida industrializada em geral: esses itens costumam ser ricos em gordura e sódio e podem ter efeito inflamatório.
Excesso de açúcar e itens com alto índice glicêmico: evite ultraprocessados e doces, além de não exagerar na batata, no pão e no macarrão brancos — eles podem interferir nos níveis de insulina e contribuir para a inflamação.
Bebidas alcoólicas: o álcool é a mais conhecida e a principal causa das lesões hepáticas. Seu consumo excessivo pode, inclusive, evoluir para cirrose (lesão crônica do fígado) e provocar a necessidade de transplante. Se você já sofre de alguma condição no fígado, deve eliminar a bebida.
Bebidas ricas em açúcar: como sucos de caixinha e refrigerantes.
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