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EMS lança em agosto primeiras canetas emagrecedoras fabricadas no Brasil

A caneta injetável Olire, da EMS, para combate à obesidade Imagem: Divulgação/EMS

Colaboração para VivaBem

10/06/2025 16h27

O laboratório brasileiro EMS lançará em agosto as primeiras canetas injetáveis brasileiras para tratar a obesidade e diabetes. Os medicamentos já estão em fase de produção na fábrica em Hortolândia (SP).

O que aconteceu

A EMS lançará primeiro os medicamentos à base de liraglutida, princípio ativo utilizado em canetas como Victoza e Saxenda. A farmacêutica conseguiu autorização da Anvisa em dezembro para a produção de dois injetáveis com o análogo de GLP-1: Olire e Lirux.

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A caneta Olire será a primeira brasileira para tratar a obesidade. Já a Lirux, com dose diferente, deve combater a diabetes tipo 2.

No entanto, os medicamentos não são genéricos, mas similares aos rótulos importados já conhecidos. Por isso, não serão comercializados apenas com o nome de seu princípio ativo.

Remédios serão vendidos com preço de 10% a 20% menor do que o já praticado no mercado. "Desenvolvemos um produto no país, com tecnologia brasileira, do zero. Vamos fabricar desde a matéria-prima até o produto acabado", anunciou em dezembro o presidente da EMS, Carlos Sanchez. Remédio também deverá ser exportado para outros países, incluindo EUA e Europa, anunciou a companhia.

Tanto o Olire quanto o Lirux terão aplicação diária, assim como outras canetas com liraglutida já lançadas. A dose máxima do Olire para combate da obesidade será de 3 mg ao dia, enquanto a caneta para diabéticos Lirux terá dose máxima de até 1,8 mg ao dia, segundo a EMS. No entanto, o médico poderá ajustar dentro deste limite o que é mais adequado para o paciente aplicar na coxa, abdômen ou parte superior do braço, a qualquer hora do dia.

Jovens a partir de 12 anos já poderão utilizar a caneta Olire no tratamento da obesidade e doenças relacionadas. Entre elas estão dislipidemia, por exemplo. Já o Lirux será indicado para pacientes acima de 10 anos de idade em tratamento contra diabetes tipo 2.

E a caneta Lirux, da EMS, para tratar diabetes Imagem: Divulgação/EMS

Ambas reproduzem o GLP-1, um hormônio produzido naturalmente no intestino que é liberado na presença da glicose. Ele serve para "informar" ao cérebro que estamos satisfeitos e, por isso, diminuiu o apetite. Assim, ele aumenta os níveis de insulina e equilibra o açúcar no sangue. Segundo a EMS, a caneta Olire ainda tem o potencial de melhorar marcadores de risco cardiovascular.

Canetas brasileiras usarão técnica mais rápida e barata para fabricação, segundo a empresa. Enquanto canetas importadas como o Victoza, da Novo Nordisk, têm seus medicamentos que imitam o hormônio GLP-1 produzidos com a ajuda de bactérias geneticamente modificadas, o Olire e o Lirux utilizarão peptídeos sintéticos para "montar" a substância. Segundo a EMS, esta tecnologia permitiria maior pureza da medicação.

Olire e Lirux são produzidos a partir de uma tecnologia moderna que envolve a síntese química de peptídeos e é pautada nos guias da FDA [agência reguladora americana] mundialmente reconhecidos, reproduzindo a cadeia peptídica com alto grau de pureza e rendimento. Essa tecnologia é a que está viabilizando inclusive as novas gerações de hormônios peptídicos. Diretor médico da EMS, Iran Gonçalves Jr.

Laboratório prevê produzir 200 mil canetas de Olire e Lirux para atender aos pacientes nos primeiros meses de lançamento, ainda em 2025. Em 12 meses, deverão ser disponibilizadas mais de 500 mil unidades no Brasil. A EMS acredita que esses lançamentos representarão 25% do faturamento de toda a empresa nos seus dois primeiros anos no mercado.

Não é apenas a liraglutida, uma espécie de irmã mais velha da caneta mais famosa do mundo, que será produzida pelo laboratório brasileiro. A empresa também passará a produzir canetas com semaglutida, o princípio do Ozempic e do Wegovy.

Vantagem desta substância está na sua aplicação. No caso da semaglutida, o paciente utiliza apenas uma injeção por semana e não uma por dia.

Versão nacional só deve chegar no segundo semestre de 2026. A demora em relação ao lançamento da liraglutida se explica pela validade da patente brasileira da semaglutida, que pertence à dinamarquesa Novo Nordisk, a fabricante do Ozempic. Quando ela expirar em 2026, a EMS poderá lançar a sua caneta, o que deve viabilizar a chegada do medicamento no SUS pelo menos no Rio de Janeiro, segundo a Agência Brasil. A Secretaria Municipal de Saúde já manifestou interesse e criou um grupo de trabalho para planejar a estratégia de uso das canetas na rede pública.

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