6 hábitos que revelam baixa inteligência emocional - e como evitá-los
Colaboração para VivaBem*
23/05/2025 13h45
Imagine alguém que reage mal a críticas, leva tudo para o lado pessoal e vê discordâncias como ataques. Talvez você conheça uma pessoa assim — ou até já tenha agido dessa forma. A boa notícia é que inteligência emocional se aprende; a má é que certos hábitos do dia a dia podem sabotar esse desenvolvimento.
A seguir, veja os comportamentos típicos de quem tem baixa inteligência emocional — e como mudá-los, segundo a psicologia.
1. Dificuldade em nomear sentimentos
Você pergunta a essa pessoa como ela está, e a resposta é sempre a mesma: "Estou de boa". Mas por trás do "de boa" podem existir raiva, angústia, frustração, cansaço, medo, inveja, mesmo que ela não saiba disso. Ela pode não saber nomear o que sente, muito menos como esses sentimentos a estão influenciando.
Sentimentos não são certos nem errados, apenas são. Quando conseguimos identificá-los sem julgamento, abrimos uma porta poderosa para a autoanálise e a transformação emocional. Isso é uma marca registrada da inteligência emocional.
2. Reprimir tudo —ou explodir por tudo
Pessoas emocionalmente imaturas costumam cair em dois extremos: ou engolem tudo, tornando-se verdadeiras panelas de pressão ambulantes, ou jogam emoções para fora de forma caótica, sem filtro e sem contexto.
A repressão excessiva da expressão das emoções forma hábitos que inibem e enrijecem, não só corporalmente, mas também nas iniciativas e enfrentamentos da vida. Já o oposto — demonstrar sentimentos de forma desmedida — também cobra seu preço: o desgaste emocional.
Saber dosar, escolher o momento, entender o impacto de uma fala ou reação, tudo isso é parte da alfabetização emocional.
3. Nunca ouvir e sempre interromper
Inteligência emocional não tem a ver apenas com o que sentimos, mas com o que o outro sente também. Pessoas com pouca inteligência emocional não sabem escutar e interrompem. A empatia, nesse caso, passa longe.
Nas relações pessoais e no trabalho, a escuta ativa, ou seja, ouvir sem preparar a resposta enquanto o outro fala, é ouro. Ouvir o outro e ouvir a si mesmo são faces da mesma moeda.
4. Levar tudo para o lado pessoal
Alguém dá um feedback no trabalho e pronto, é interpretado como ataque pessoal. Um parceiro expressa uma necessidade e vira acusação. Essa hipersensibilidade emocional tem raiz em um ego pouco fortalecido.
Quem é emocionalmente inteligente entende que nem tudo gira em torno de si, sabe diferenciar um fato de um julgamento e consegue olhar para críticas como oportunidades de crescimento, não como ameaças à própria identidade.
5. Ignorar os sinais do corpo
A ansiedade encurta a respiração, a raiva acelera o batimento cardíaco, o medo gela a barriga. Mas pessoas com baixa inteligência emocional ignoram os sinais do corpo — ou nem sabem que eles existem.
Respirar de maneira consciente, fazer pausas, mover-se, praticar exercícios físicos, tudo isso ajuda a regular as emoções. O corpo é um radar emocional, e aprender a "escutá-lo" é uma estratégia prática para manter a sanidade emocional em dia.
6. Fugir da responsabilidade
Outro hábito típico de quem ainda não desenvolveu sua inteligência emocional é terceirizar a culpa. Se algo deu errado, a culpa é do chefe, do parceiro, do trânsito, do governo, do horóscopo.
Mas o primeiro passo para crescer emocionalmente é reconhecer a própria parcela de responsabilidade nas situações.
Como treinar a sua inteligência emocional?
Terapia. Ajuda a enxergar padrões invisíveis, nomear emoções e tomar consciência de reações automáticas.
Respiração consciente. Simples, mas poderoso. Dá tempo ao cérebro para responder, em vez de reagir.
Feedbacks e DRs. Aprender a ouvir, falar e negociar emoções sem sair magoando ou se magoando à toa.
Observação dos sentidos. Acordar o corpo, reconhecer sinais precoces de tensão, ansiedade ou frustração.
Autoanálise sem julgamento. Sentir inveja, raiva ou ciúme não faz de você uma pessoa ruim, só humana. A diferença está em como você escolhe lidar com isso.
*Com informações de reportagem publicada em 13/08/2018