SP e RJ têm 5 restaurantes com 2 estrelas no cobiçado Guia Michelin em 2025

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O Guia Michelin apresentou na noite desta segunda, 12 de maio, os restaurantes recomendados e estrelados de São Paulo e Rio de Janeiro da edição 2025, em cerimônia acompanhada por Nossa no luxuoso hotel Rosewood São Paulo.
Este ano, 149 restaurantes foram indicados aos visitantes, no total, dentre eles 18 novidades que teriam sido escolhidas por indicar a "diversidade" da gastronomia das duas maiores cidades brasileiras, segundo a anfitriã da noite, Didi Wagner.
Cinco de seis restaurantes escolhidos em 2024 renovaram suas duas estrelas Michelin este ano, em que o guia completa 125 anos.
Duas estrelas
Cinco restaurantes que já exibiam duas estrelas mantiveram a distinção:

- D.O.M (São Paulo)
- Oro (Rio de Janeiro)
- TUJU (São Paulo)
- Evvai (São Paulo)
- Lasai (Rio de Janeiro)
O chef Alex Atala reconheceu o nervosismo que lhe teria dado um pesadelo —em que ele perdeu uma das estrelas que tem desde o início do guia no Brasil. "Eu gostaria que o Brasil tivesse a dimensão do que é o Guia Michelin", afirmou ainda Atala, que acredita que o prêmio é importante para todo o setor de gastronomia e hospitalidade.

Já Felipe Bronze, do Oro, celebrou a "mistura de gente" mais do que a de ingredientes. No palco, ele salientou que sua cozinha é colaborativa e que sua equipe para torná-la moderna.
Não houve novos restaurantes com a distinção este ano.
Uma estrela
15 restaurantes mantiveram a distinção de uma estrela:

- Cipriani (Rio de Janeiro)
- MEE (Rio de Janeiro)
- Huto (São Paulo)
- Jun Sakamoto (São Paulo)
- Kan Suke (São Paulo)
- Kinoshita (São Paulo)
- Maní (São Paulo)
- San Omakase Room (Rio de Janeiro)
- Fame Osteria (São Paulo)
- Kazuo (São Paulo)
- Kuro (São Paulo)
- Murakami (São Paulo)
- Oizumi Sushi (São Paulo)
- Picchi (São Paulo)
- Tangará Jean-Georges (São Paulo)
Já o Oteque, que possuía duas estrelas em 2024, perdeu uma e entrou para esta lista em 2025.
Quatro novas casas ainda ganharam sua primeira estrela:
Casa 201, Rio de Janeiro
O chef carioca João Paulo Frankenfeld, que viajou para Lyon para se formar no Institut Paul Bocuse, retornou para sua terra natal para exercer o cargo de chef de cozinha no Le Cordon Bleu e, de lá, decidiu abrir o seu próprio negócio. Aqui, a proposta, repleta de técnica e sabor, é apresentada em um menu degustação em constante evolução, sempre exaltando as matérias-primas sazonais brasileiras e incorporando delicados toques franceses.
KANOE, São Paulo
Localizado no Jardins, esse restaurante japonês de interior bem cuidado e minimalista é dominado por um grande balcão para nove pessoas, onde o chef Tadashi Shiraishi atua como mestre de cerimônias e explica cada um dos pratos do seu menu omakase. O chef trata cada produto com infinito respeito.
Oseille, Rio de Janeiro
Thomas Troisgros é o mais novo elo de uma renomada estirpe de cozinheiros de origem francesa. Com um nome que faz alusão a um famoso prato do seu avô, o grande chef Pierre Troisgros, criou acima do seu restaurante Toto um espaço minimalista que atrai todos os olhares para seu grande balcão em forma de "U", com capacidade para 16 pessoas e uma cozinha no centro para podermos contemplar com detalhe seu trabalho.
A proposta? Um único e moderno menu degustação que combina os melhores produtos locais com as mais elaboradas técnicas da culinária francesa.
Ryo Gastronomia, São Paulo
Após uma profunda reforma, embora ainda conserve a estética minimalista nipônica e essa essência especial que nos conecta com a natureza, este restaurante volta a saborear mais uma vez o sucesso. Atrás do balcão, a melhor opção para desfrutar da experiência — embora também conte com várias mesas —, podemos ver o chef Edson Yamashita em ação, defendendo um menu omakase.
Prêmios especiais e Bib Gourmand
Marcelo da Fonseca Lopes Costa, do restaurante Evvai, foi escolhido como o sommelier do ano pelo seu brilhante trabalho com a carta e a adega de vinhos da casa que é referência na gastronomia brasileira —e voltou a ser premiada em 2025, como veremos abaixo.

Já Rodrigo Cavalcante, o maître do restaurante TUJU, ainda foi reconhecido na categoria de serviço do ano. O evento também revelou os selecionados na categoria Bib Gourmand, que reconheceu 40 "restaurantes de boa qualidade e bom preço" —uma seleção mais enxuta do que os 49 apontados no último ano. Dentre os bons e baratos, há 33 de São Paulo e apenas sete do Rio.
Entre os estreantes, houve apenas cinco paulistanos:
- A Casa do Porco;
- Cepa;
- Clandestina;
- Jacó;
- Manioca da Mata.
Jovem chef

O chef Iago Jacomussi, do restaurante paulistano Jacó, se destacou como promessa da gastronomia brasileira com apenas 26 anos. Ele agradeceu a Luiz Filipe Souza, do Evvai, que o deu sua primeira oportunidade na cozinha. "Obrigado, chef", disse emocionado. Ele foi estagiário do já premiado restaurante.
Recomendados
O guia destacou 84 casas que chamaram a atenção pela sua qualidade, do prato ao serviço, sendo 72 deles já veteranos da lista de 2024. Houve 12 novidades que chegaram à lista em 2025. São eles:
- Babbo Osteria (Rio);
- Cala del Tanit (São Paulo);
- Giulietta Carni (São Paulo);
- Goya Zushi (São Paulo);
- Le Jardin (São Paulo);
- Quinta da Henriqueta (Rio);
- Rufino Parilla (Rio);
- Marena Cucina (São Paulo);
- Ocyá Ilha (Rio);
- Sal Gastronomia (São Paulo);
- Trattoria Evvai (São Paulo);
- Shin Zushi (São Paulo);
A nova seleção completa está disponível tanto no site, quanto no aplicativo do Guia.
Como nasceu o Guia Michelin
André e Edouard Michelin criaram uma das maiores empresas de pneus da Europa do século 19 numa pequena cidade rural francesa.
Logo na primeira edição, ainda em 1900, o prefácio explicava que o guia tinha o objetivo de dar "ao motorista todas as informações necessárias para viajar pela França", mas a ideia de descobrir bons restaurantes foi a que mais prosperou, principalmente a partir de 1936.
O que são as estrelas?
Contrataram clientes disfarçados, chamados de inspetores, para determinar se um restaurante era um estabelecimento de refeições que valia ou não a pena visitar. A partir disso, definiram uma métrica.
Hoje, uma estrela significa que o restaurante "vale a pena parar", duas que ele "vale a pena um desvio" e três significa que "vale a pena uma viagem específica".
França e Japão são os países com maior número de restaurantes com estrelas no mundo, respectivamente. Também são os dois com mais estabelecimentos que receberam a cotação máxima (3 estrelas) do guia — cada um com mais de duas dezenas cada.
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