Renovação e desfalques: Zé avalia Brasil na 1ª semana da Liga das Nações
José Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, fez um balanço positivo da primeira semana da Liga das Nações, disputada no Rio de Janeiro. Em meio à renovação da equipe, o treinador teve desfalques e não pôde contar com nomes importantes, como Gabi, Rosamaria e Kisy.
Todo mundo teve a possibilidade de jogar. O fato de terem tido a chance de entrar nesse clima, jogar contra grandes seleções, é legal. Acho que esse é o processo de todo mundo, e, na hora que precisar, tem de corresponder. Acho que aconteceu mais coisas positivas do que negativas
O Brasil fechou essa etapa com três vitórias — por 3 a 0 sobre República Tcheca e Estados Unidos, e 3 a 2 sobre a Alemanha — e uma derrota, para a campeã olímpica Itália por 3 a 0. A seleção volta à quadra no torneio no próximo dia 18, contra a Bélgica, no começo da sequência de partidas na Turquia.
"Foram jogos importantes, onde conseguimos testar quase todo mundo. Começar a dar um lastro físico, técnico, tático a esse time, as opções que podemos utilizar no futuro. Foi o que aconteceu durante o processo desses jogos. O jogo em que conseguimos virar contra a Alemanha foi importante. Entender o patamar que essas equipes estão. Jogar Superliga é uma coisa, mas quando vai jogar contra o mundo, é outra", disse.
Gabi, que não vou convocada para os jogos no Rio de Janeiro devido ao desgaste físico da temporada, deve retornar à equipe brasileira na terceira etapa da Liga das Nações, no Japão. Rosamaria, que esteve com o elenco na Cidade Maravilhosa e não atuou também por conta de questões físicas, pode voltar já na Turquia. Kisy integrou o grupo, mas, por sua vez, não esteve à disposição devido à recuperação de um edema ósseo no joelho. A expectativa inicial é que esteja em quadra apenas na terceira etapa.
Por outro lado, Zé Roberto contou com nomes de uma nova geração que está chegando à seleção principal, como Helena Wenk, Aline Segato, Luzia e Jheovana.
Mostrou que o elenco faz a diferença. Sempre falo, não podemos ter seis jogadoras, temos de ter um elenco que possa mudar as características. [Contra a Alemanha,] conseguimos mudar as características do time, quem entrou, entrou bem, as ações foram melhores distribuídas, o time criou confiança e isso é bom. Elas vão ter chances de poder jogar, acertar e errar, mas o importante é a oportunidade delas poderem crescer e entendermos cada vez mais o jogo.
"Isso é importante para mim: elenco, que elas saibam que um dia podem estar mal, outro dia vão ter de segurar, e isso é uma tônica de um grande time. Tomara que possamos aproveitar cada vez mais essas lições", completou.