Em reconstrução lenta, Botafogo vai para segunda final do ano com interino

Não tem André Jardine, Vasco Matos e muito menos o ex, Artur Jorge. No mar de especulações, entrevistas e expectativa sobre quem vai comandar o Botafogo, chegou a Recopa. E na segunda final desde ano, o técnico é interino.

O desafio no jogo de ida não é tão simples: o argentino Racing, no estádio El Cilindro, em Avellaneda. A bola rola nesta quinta-feira (20), às 21h30.

O Botafogo vive o dilema de buscar títulos inéditos — que podem referendar a força do atual campeão brasileiro e da Libertadores — ainda em fase de reconstrução.

Para isso, contratou Claudio Caçapa como auxiliar permanente e mudou a função de interino.

A Supercopa do Brasil foi o primeiro a ficar pelo caminho. E logo diante do rival Flamengo, quando o interino anterior era Carlos Leiria — que não empolgou também no Carioca.

John Textor já avisou: o que importa mesmo é Brasileirão, Libertadores e Mundial de Clubes. É para isso que ele continua abrindo os cofres e contratando jogadores.

Mas os torcedores (e quem está em campo) querem ganhar o que vier pela frente. A questão é provar que é possível do jeito que as coisas estão indo atualmente.

O Botafogo chega à Recopa possivelmente estreando novos nomes. Jair é a bola da vez. O zagueiro foi comprado junto ao Santos e estava com a seleção sub-20. Foi à Argentina e tem chance de jogar.

O Botafogo se desfigurou na transição entre a saída de Artur Jorge e os primeiros passos dos interinos.

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Também perdeu Luiz Henrique e Almada e ainda tenta recorrer a uma memória do que já deu certo no passado, ao mesmo tempo em que recobra a forma física e acha um novo encaixe com os novatos.

Não é simples.

Tem o aspecto psicológico de jogar com a responsabilidade de campeão do título mais importante.

Não que o Racing esteja voando. Pelo contrário. O campeão da Sul-Americana também tem seus problemas. Mas o Botafogo passa a sensação de jogar os primeiros meses do ano para o lado, pensando, como Textor disse, nos que tem de importante mais à frente.

Quanto vale?

Ano passado, o Fluminense também teve uma temporada cambaleante, mas foi a Recopa o único motivo de comemoração. Sem contar o fato de ter exorcizado o fantasma da LDU.

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Financeiramente, não vai ser a Recopa que vai resolver a vida do Botafogo.

A Conmebol só vai aprovar os valores da premiação na quarta-feira que vem, véspera do jogo de volta, durante a reunião do conselho da entidade, que será realizada no Rio.

Como ponto de partida, dá para olhar a premiação do ano passado: US$ 1,8 milhão ao campeão (cerca de R$ 10,2 milhões, na cotação atual).

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