Carlo Ancelotti só não pode repetir no futebol Ruben Magnano no basquete
Ler resumo da notícia

O argentino Ruben Magnano foi um gênio da raça em seu esporte. Sua medalha de ouro no basquete masculino nos Jogos Olímpicos de Atenas, 2004, superando os Estados Unidos nas semifinais por oito pontos... Uau! Deu inveja no país bicampeão mundial, o Brasil.
Seis anos depois, Magnano desembarcou aqui para nos preparar para os Jogos Olímpicos, primeiro Londres, missão Rio 2016. No Rio, a seleção brasileira só ganhou um jogo. Nove anos depois, é difícil ouvir nas ruas a resposta certa sobre quais são os jogadores mais importantes do basquete do Brasil.
Outros esportes, como a canoagem e a ginástica artística tiveram muito mais êxito com a importação de técnicos para suas seleções nacionais. A ginástica brasileira se transformou.
O basquete, não.
O futebol brasileiro e nós, jornalistas, perdemos um pouco a noção sobre como os treinadores internacionais influenciaram a formação da seleção mais vencedora do planeta. De Ramón Platero, na década de 1920, a Abel Ferreira, este ex-país do futebol teve treinadores estrangeiros em todas as décadas. Na seleção, três experiências, mas por apenas oito jogos.
Carlo Ancelotti precisa ser uma ponto entre o passado e o futuro — no caso brasileiro, o presente. Sua missão não pode se resumir a disputar a Copa do Mundo de 2026. Precisa ajudar a mudar a compreensão do jogo, entrar em palestras na CBF Academy, que precisa ser um centro de formação de treinadores para toda a América, não uma mera vendedora de certificados.
Ancelotti pode ser o instrumento da mudança. Também pode ser o treinador do hexa — ou não ser.
Há conhecimento aqui, mas tudo de forma oral. É preciso ser sedimentado, por escrito.
Quem sabe...
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.