Abel indica troca no Palmeiras e admite: Paulinho só pode jogar 30 minutos
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Abel Ferreira indicou que vai fazer trocas na equipe do Palmeiras que vai enfrentar o Al Ahly amanhã (19) às 13h (de Brasília). O comandante disse que não tem o costume de repetir a mesma escalação e que o time que inicia a partida será diferente do que entrou em campo contra o Porto.
Ele não revelou qual será a escalação, mas falou pela primeira vez das limitações físicas que Paulinho enfrenta neste momento e admitiu que o atacante não pode ser escalado por mais de 30 minutos.
"Alguns de vocês devem pensar que sou burro. Não repito muitas vezes a equipe. Hoje, você vê o Guardiola ter dinâmica como grande característica. As nuances estratégicas tem a ver com as mudanças de jogadores. Essa é função do treinador, não do jornalista ir tão a fundo na análise. Muitas vezes troco de jogadores pensando ofensivamente, defensivamente e daquilo que é o adversário", iniciou.
"Não posso usar o Paulinho mais 30 minutos. Não vou falar mais do que isso. Quando ele tem entrado, nos ajuda muito, e vamos utilizá-lo quando pudermos nestes 30 minutos, e cabe a mim decidir. É um jogador que poderia nos ajudar mais tempo, mas infelizmente, diante de não estar 100%, não posso utilizar mais do que isso", completou o comandante.
Classificação e jogos
Abel Ferreira ainda defendeu Vitor Roque das críticas que tem recebido pela falta de gols e disse que é normal que o time demore um pouco mais para se adaptar às necessidades do jogador. Ele citou Carlo Ancelotti para pedir paciência.
"Vou responder da mesma forma que o Ancelotti falou sobre Estêvão. Sabemos quem contratamos e quais suas características, ele é um jogador mais de profundidade. Altura e jogo aéreo não são o forte dele. Sabemos qual o forte dele. Como o Ancelotti disse, jogamos de acordo com as características que temos. Contra o Porto, ele fez um belíssimo passe onde Ríos e Estêvão se atrapalharam. Tudo o que o Vitor Roque pode nos dar está ali. É um jovem que precisa jogar em um clube que lhe abriu as portas. Ele sabe disso e tem toda a tranquilidade para trabalhar. Quando ele tiver que fazer gols, vai fazer na hora certa. Não podemos tirar da equação a juventude dele", completou.
Abel disse que tem acompanhado a algumas partidas do Mundial que não envolvem o Palmeiras e que os jogos dos sul-americanos são respostas para todas as críticas que ele faz para a organização do calendário no Brasileirão. Ele relata que seus colegas europeus sempre tiveram uma impressão que o futebol local é mais lento e que isso poderia mudar se mais condições fossem dadas aos atletas.
"Para nós fica muito claro que o Brasileirão é muito competitivo quando damos condições a clubes, jogadores e treinadores para preparar as equipes. A sensação do europeu é de que o futeobl brasileiro é lento, mas há justificativa: calendário, gramados, pouco tempo de recuperação... chegamos a fazer três jogos seguidos de dois em dois dias. Não vi nenhuma equipe brasileira sem intensidade porque aqui temos tempo para preparar. Fico orgulhoso por trabalhar no Brasil. Falam que é lento, mas vamos ver se é lento quando tivermos as mesmas condições. Fico contente por isso e por ter decidido continuar no Brasil", finalizou.
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